Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decretaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (4). A decisão vale para as 24 unidades da universidade, localizadas em todo o estado da Bahia.
Os docentes já estavam se mobilizando desde o mês passado, quando foi decretado estado de greve. Por meio de nota enviada à imprensa, os professores disseram que tentam negociar a pauta de negociações com o governo desde 2016.
“Apenas na Uneb, mais de 400 docentes que já deveriam ter sido promovidos, aguardam em uma fila de espera. Há seis anos também não acontece aumento salarial. Outro problema são os contingenciamentos orçamentários, ou seja, dinheiro que está previsto não chega na universidade, porque o governo não repassa. Somente entre agosto e novembro do ano passado esse contingenciamento, em média, confiscou 55% do orçamento da Uneb”.
Após ouvir os professores, representantes do governo se comprometeram em apresentar propostas à pauta. Uma nova reunião acontecerá na próxima segunda-feira (8), às 15h30, no Instituto Anísio Teixeira.
Pauta de reivindicações
– Destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais. Atualmente esse índice é de aproximadamente 5%;
– Reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA;
– Reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a política de recuperação salarial, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017;
– Cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na carreira, progressões e mudança de regime de trabalho. Atualmente, só na Uneb, mais de 400 professores possuem seus direitos à promoção negados pelo Estado;
– Ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia.