A cúpula da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) se recusou, na tarde desta segunda-feira (14), a comentar sobre carreata de policiais e bombeiros militares – que fazem parte do movimento de greve deflagrado pela Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) – marcada para esta tarde. Com saída às 15 horas, do clube da Adelba, em Patamares, eles seguem em direção à Governadoria e à Assembleia Legislativa da Bahia. O protesto teria sido deliberado em assembleia, na noite deste domingo (13), com o líder do movimento, o deputado estadual Soldado Prisco (PSC), em mais uma tentativa de abrir a mesa de negociação com o governo do Estado.
Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, tudo que ele tinha para dizer sobre o movimento já foi dito. “Uma coisa é a demonstração daquilo que as associações acreditam sejam pleitos dos seus associados, daquilo do que já foi entregue, com muita coisa sendo discutida, até para a apresentação na própria Assembleia Legislativa que é o caminho ideal para fazer modificação para qualquer projeto de Lei, seja estatuto ou código de ética. Agora, o que não podemos aceitar é a população ser colocada como vítima de ameaça. A gente espera que as pessoas tem um pouco mais de bom senso para que possamos discutir isso de outra forma”, destacou, enfatizando que a preocupação agora é com as praias baianas atingidas com manchas de óleos e que o movimento não teve adesão alguma.
“Não teve aderência nenhuma, a polícia trabalha normal, vida normal, transcorreu tudo normal, a exemplo de ontem que foi Dia das Crianças e canonização da Santa Dulce dos Pobres, com diversos eventos na cidade”, complementou Barbosa, que teve uma reunião com o governador em exercício, João Leão (PP), para tratar ações conjuntas contra as manchas de óleo que já atingiram oito na municípios baianos: Jandaíra, Conde, Esplanada, Mata de São João, Camaçari, Entre Rios, Lauro de Freitas e Salvador.
Também presente no mesmo encontro, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, preferiu não falar sobre o assunto. Mais cedo, após assinatura de decreto de situação de emergência para liberação de recursos para os municípios atingidos por manchas de óleo no litoral baiano, Leão também se esquivou do assunto. O governador em exercício se limitou a dizer que não existe greve.