Como suplente de deputado Federal, Joseildo Ramos não tem força para votar emendas para compor o orçamento impositivo. O deputado Paulo Azi, enquanto titular, leva grande vantagem sobre o oposicionista alagoinhense, nesse ponto. Isso ficou claro com o recente licenciamento do secretário de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, com a finalidade de retornar à Câmara dos Deputados para ele mesmo destinar os recursos federais a que tem direito para as cidades que lhe deram maior número de votos. Seu retorno ao legislativo colocou Joseíldo de volta à suplência, o que significa que dificilmente Alagoinhas terá prioridade na destinação de recursos.

Para os integrantes do programa Primeira Mão, jornalistico matinal transmitido em cadeia pela rádio Ouro Negro 100,5 FM e rádio web 2 de julho, sob esse aspecto, Joseíldo Ramos, como deputado Federal, não beneficiará a cidade de Alagoinhas em quase nada. Sua atuação, nesse sentido, é completamente nula. “Sempre disse, deputado suplente não tem emenda”, relembrou Haroldo Azi, âncora do jornalístico. Com isso, a cidade fica cada vez mais dependente da influência do deputado Paulo Azi em Brasilia, que tanto pode colocar emendas impositivas como propor outras, devido a sua boa relação com o atual presidente e ministros do governo.

Joseíldo Ramos passará todo o seu mandato abrindo mão de suas prerrogativas de deputado para ceder espaço ao titular da cadeira, na hora de definir o orçamento, situação que poderia ser revertida se houvesse interesse do governador do Estado. O próprio Rui Costa compensaria essa frustração dos alagoinhenses, sinalizando com alguma obra prioritária para o município, que, em seis anos de Governo, só teve inciativas de caráter regional como as atuações em saúde e em segurança. O certo é que o volume de obras no município diminuiu. Antes vários deputados destinavam emendas para a cidade. Joseíldo voltará certamente para o legislativo federal, mas com pouco a fazer além de oposição, e às vezes oposição que atrapalha a capacidade de investimento do governo federal nas cidades ou dificulta a saída da crise econômica.

Por Paulo Dias para o News Infoco