Alagoinhas está perdendo a corrida do desenvolvimento para outros municípios baianos, afirmou o empresário e radialista Juscélio Carmo, em entrevista ao Programa Primeira Mão, na última sexta-feira, 25. Ele percebe que uma cidade como Guanambi cresce a olhos vistos por meio do impulso econômico que teve com o cultivo do algodão. O empresário disse que precisou usar GPS para se localizar na cidade que visita com relativa freqüência, tal é o ritmo de sua expansão. Em Vitória da Conquista, ele compara, se veem grandes avenidas cujo canteiro central é mais largo que certas ruas de Alagoinhas. Para Juscélio é vexatório quando se vê a Prefeitura local comemorando a entrega de utensílios de segurança para a guarda municipal ou a quilometragem de serviço de carro-pipa. Ainda mais em uma região que se consegue escavar poços de 90 metros de profundidade manualmente.
Juscélio Carmo questionou se a atuação de Maria das Graças como responsável interina da Secretária de Desenvolvimento e Infraestrutura – SECIN – está devidamente regulamentada. Um documento lido no programa mostrou que a nomeação foi legalmente realizada por decreto. Ficaram dúvidas, se ela estaria recebendo pelo cargo de diretora do SAAE e pela SECIN ao mesmo tempo, se estava devidamente licenciada da autarquia, ou se seria lícito o comando de uma autarquia(SAAE) e umas secretaria municipal ao mesmo tempo. De acordo com o colunista do site News Infoco, o advogado Dr. Hugo Azi, o acumulo de funções seria ilegal.
Paulo Ott, comentarista do programa, seguiu a linha de entendimento de Dr. Hugo, acrescentando que a redação do decreto não contempla com exatidão o dado da realidade, sendo necessário, em sua visão, um termo que colocasse, a já funcionária, à disposição da secretaria. Juscélio criticou também o uso de caminhões do SAAE para transporte de asfalto destinado à pavimentação, atribuição da SECIN. Ele também acha contraditório se comemorar o volume de recursos destinados à operação Tapa Buraco, que pode ser interpretado simplesmente como reflexo do abandono das vias públicas nos anos anteriores da gestão Joaquim Neto.
O empresário informou ainda que a secretária municipal de saúde de Alagoinhas o processou após ter dito publicamente que ela está impedida judicialmente de exercer cargo público, sequer podendo ser sócia de empresa fornecedora de qualquer instituição governamental, do legislativo e do judiciário. Só poderia, portanto, ser secretária, segundo Juscélio, com uma sentença que implicasse em efeito suspensivo da decisão do juiz que determinou a punição. Juscélio mantem a denúncia, o que seria mais um ato ilícito do governo Joaquim Neto, a nomeação de uma pessoa judicialmente impedida de assumir cargo público.
Acompanhe na íntegra a entrevista de Juscélio Carmo ao programa Primeira Mão: