O diretor do Sindipetro-Ba, Radiovaldo Costa, deu detalhes no programa Primeira Mão, nesta sexta-feira(22) sobre a intenção da declaração de uma greve de cinco dias a ser deflagrada pelos petroleiros a partir de amanhã(25). O sindicalista afirmou que o objetivo das paralisações não tem um caráter concreto, apenas uma pauta generalista de lutar contra a diminuição de empregos e contratos e evitar processos de transferência. O movimento ocorre em um momento que o país apresenta números positivos na economia e o Governo Federal tem boas expectativas para 2020. Outro fator a destacar refere-se ao fechamento das contas públicas com a redução do déficit orçamentário, devido à contenção dos gastos.
Ele reclama de medidas como a MP 905, que reduziu o adicional de periculosidade da categoria de 30% para 5% e do direcionamento do atual governo de cortar encargos para gerar emprego, como se faz em grandes potências econômicas. Durante a greve, estuda-se vender, em Alagoinhas, 100 recargas de gás de cozinha a R$50,00, que seria o preço justo a ser pago, no entanto, adiante na entrevista, ele revela o rombo que Dilma Rousseff deixou para as refinarias com seu controle de preço dos combustíveis.
Porém nesse sábado(23) a Petrobras obteve liminar contra a greve. Os sindicatos serão multados em R$ 2 milhões caso paralisem as atividades. Na liminar, o ministro do TST Ives Gandra Martins diz que é abusiva a greve deflagrada após acordo coletivo de trabalho. A decisão pode frustrar a tentativa de paralisação. Apesar da decisão, a Sindipetro-Ba mantém sua intenção de paralisar as atividades.
Radiovaldo também questionou os preços da gasolina e derivados de petroleo praticados no país, entende que toda empresa tem que ter lucro, mas que a a atual politica de preços da petrobras que atrela o preço do combustivel ao preço internacional do petroleo é equivocada.
O arrendamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados – Fafen , produtora de uréia, amônio e CO2, pela Unigel/Procgel foi considerada pelo sindicalista como uma saída para o impasse que levou à ibernação as fábricas da Bahia e de Sergipe, deixando sem trabalho centenas de pessoas. Ele considera que uma quantidade menor de funcionários será reutilizada nessa nova fase tocada pela iniciativa privada. O que pode ser interpretado como se o setor privado sobrecarregasse em regra os funcionários ou, por outro lado, que o setor público inchasse as estatais como uma forma de política social. O governo voltará arrecadar cerca de R$ 50 milhões em impostos. Aposentados poderão ser chamados para treinar os novos funcionários.
Veja a entrevista concedida por Radiovaldo Costa ao programa Primeira Mão:
Por Paulo Dias com a colaboração de Caio Pimenta para o News Infoco




































