Acusado de ter instruído deputados da sua base para ajudar os poucos presentes em plenário ontem na Assembleia Legislativa da Bahia a aprovar a prioridade para tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 157/2019, do Executivo estadual, que altera o regime de previdência dos servidores públicos estaduais, o prefeito ACM Neto, presidente nacional do DEM, admitiu não haver nenhuma incoerência em o PT assumir a necessidade de implementar a reforma.

“O que existe é uma visão comum da necessidade, a partir principalmente do que aconteceu esse ano no Congresso Nacional, de que a Bahia e Salvador façam a reforma da Previdência. A gente não tem como manter um discurso lá e outra aqui, eu não vou cair nessa, não serei incoerente, se meus adversários são incoerentes é outra história. Para mim está claro qual é o posicionamento do governador à medida que mandou a reforma assumindo a necessidade de fazer a reforma e isso obviamente elimina qualquer movimento e retira qualquer discurso o contrário. O que temos agora é o PT da Bahia assumindo a necessidade de se fazer a reforma que nós defendemos lá e não há nenhuma incoerência nisso e da nossa parte há uma posição de maturidade, responsabilidade”, admitiu, ponderando, entretanto, que pelo que sabe essa temática só será deliberada em 2020.

“Oportunidade em que os deputados estaduais terão a oportunidade de discutir os detalhes, fazer o debate desta emenda constitucional”, arrematou com naturalidade. Com a votação da prioridade por acordo de líderes, o processo de tramitação da PEC da previdência será encurtado em 50%. A expectativa é de que o projeto esteja aprovado no dia 21 de janeiro em sessão extraordinária, já que até o dia 3 de fevereiro a Casa permanece em recesso, funcionando apenas em regime de “turnão”. Segundo deputado da Oposição ouvido pelo Política Livre, Neto se envolveu no processo porque tem o interesse em aprovar projeto semelhante na Câmara Municipal de Salvador (CMS), com o aval da bancada oposicionista.