Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, canteiros de obras pelo país não paralisaram as atividades, principalmente no setor público.
Em alguns casos, metade dos funcionários foi dispensada, com a justificativa de cumprir o distanciamento social em razão da Covid-19. Os prazos de conclusão de edifícios e obras públicas inicialmente projetados serão revistos.
No Rio, as obras públicas seguiram o cronograma. Mas não havia nenhum grande projeto em andamento –as obras do BRT Transbrasil, o único grande projeto, foram suspensas no fim do ano por falta de recursos.
A Bahia permanece com pelo menos 72 canteiros de obras em atividade. Grandes obras como a construção de avenidas, viadutos e recuperação de estradas foram mantidas.
Em Porto Alegre, o som de martelos e máquinas, típico dos prédios em construção, voltou a ser escutado no último dia 23, quando a atividade foi liberada de forma gradual pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB).
O setor da construção civil não parou em BH nem em Minas Gerais. O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais firmou acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região para regulamentar as operações em meio à pandemia.
As medidas previstas incluem flexibilização da jornada, home office, redução de jornada e salários, antecipação de férias individuais ou concessão de férias coletivas. O Sinduscon-MG calcula 250 canteiros em atividades no estado, gerando 40 mil empregos diretos e indiretos. Cerca de 60% das atividades estão em BH.
Em todo o estado, o Sinduscon-PR contabiliza cerca de 130 mil trabalhadores na construção civil. Em Curitiba, são aproximadamente 42 mil. O sindicato só deve ter a partir de maio uma medição do impacto do novo coronavírus nos empregos e obras.