O presidente do Sicomércio, o sindicato patronal que representa os comerciantes de Alagoinhas e várias cidades da região, Benedito Vieira, afirmou que é injusto atribuir à reabertura do comércio local a culpa pelo aumento do número de infectados pelo covid-19 na cidade. Ele criticou na manhã de hoje(26), em entrevista concedida ao programa Primeira Mão, da rádio Web 2 de Julho, que conta com a retransmissão da rádio Ouro Negro 100.5 FM, a politica de restrição às atividades comerciais promovida pela prefeitura de Alagoinhas.
Para Benedito, o Governo Municipal tem utilizado medidas extremas que tem afetado fortemente a atividade comercial no município. Segundo ele, parece haver um desejo do governo em fechar o comércio mais uma vez. Isso, de acordo com Benedito, pode ser sentido, de forma implícita, na decretação do toque de recolher, na restrição quanto ao horário de funcionamento do comércio, que agora fecha as 14 horas, e na proibição de abertura de lojas com mais de 200m² e de vários segmentos do comércio.
Para o radialista Caio Pimenta, que comandava a entrevista, Benedito Vieira afirmou que essas medidas estão atingindo em cheio os empresários que tiveram que efetuar mais de 500 demissões como reflexo da falta de vendas e, no caso das grandes lojas, na impossibilidade de abertura.
O presidente do Sicomércio foi enfático ao dizer que as lojas, as que pelo menos tiveram autorização para reabrir, estão praticamente vazias. ” Não houve uma explosão de vendas no comércio com a reabertura[…] o que se vê é engarrafamento de carros e aglomerações de pessoas”, declarou. A informação foi endossada por Caio Pimenta, que disse que as aglomerações tem sido vistos apenas em serviços essenciais como supermercados, correspondentes bancários, bancos, lotéricas e na Central de Abastecimento, nos dias de feira.
A queda nas vendas no comércio, inclusive, tem tido reflexos ao estado da Bahia e ao município. Benedito afirmou que a estratégia utilizada pelo governo do estado e seguida pela prefeitura municipal, afetou a arrecadação aos cofres públicos e que se não fosse o auxilio do governo federal, o governo municipal e estadual não teriam meios de seguir com essa politica. A pergunta que fica é, e quando esse auxilio acabar, o que restará?
Por Caio Pimenta para o News Infoco