O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) denunciou no dia de ontem(30) os recorrentes atrasos de remuneração dos médicos da Maternidade Doutor João Carlos Meireles Paolilo, em Alagoinhas. A denúncia foi feita através do Instagram da entidade de classe. O assunto foi tratado na manhã de hoje(010 no programa Primeira Mão, da rádio web 2 de Julho.

De acordo com o Sindmed, nos últimos seis meses, a empresa ASM, responsável pelo pagamento, vem sendo impontual no pagamento dos vencimentos, alegando atraso no repasse por parte da Prefeitura de Alagoinhas. Na publicação, o órgão afirma que o problema vem historicamente sendo repetido na gestão das diversas empresas que assumiram a terceirização dos médicos na maternidade.

“Com os frequentes atrasos de remuneração, os médicos ficam em uma situação financeiramente muito complicada e isso tem gerado uma grande rotatividade no quadro de profissionais. Então, esse problema pode ainda, infelizmente, gerar uma desassistência da população “, afirmou a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia, Dra. Ana Rita de Luna.

O Sindimed diz já ter notificado a unidade, exigindo a regularização. Ela acrescenta que o Sindicato lastima esta situação ainda mais por ser um período de pandemia. “Essa maternidade de Alagoinhas é um hospital de referência para a região, recebendo gestantes de várias cidades. Neste momento crítico para a saúde, não pretendemos deflagrar uma paralisação, mas é lamentável que, sabendo disso, a gestão incorra repetidamente no desrespeito aos médicos, insistindo no descumprimento do prazo de pagamentos”, afirma a Dra. Ana Rita.

No quadro dos médicos, por plantão, há dois obstetras, um pediatra e um anestesista. “Além dos médicos estarem, como terceirizados, muito vulneráveis, sujeitos a perder o emprego, há este agravante. Após um mês inteiro de trabalho, arriscando suas vidas, ainda enfrentam as incertezas no recebimento da remuneração, porque a saúde não é priorizada”, afirma a presidente.

Por Caio Pimenta para o News Infoco