O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e o senador piauiense Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, disseram nesta quinta-feira, 3, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, vai negociar com o Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, em 2023.

“Não cabe no orçamento atual as demandas que precisamos atender”, afirmou Castro. “Então, de comum acordo, decidimos levar aos líderes partidários, aos presidentes da Câmara e do Senado a ideia de aprovarmos uma PEC em caráter emergencial, excepcionalizando do teto de gastos, as despesas que são inadiáveis.”

De acordo com Alckmin, a comissão vai conversar com o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), presidente da Comissão Mista de Orçamento, com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Na próxima terça-feira, vamos nos encontrar novamente para detalhar as necessidades”, explicou o vice-presidente eleito. “A preocupação é manter o Bolsa Família de R$ 600 para pagá-lo em janeiro. Há necessidade de até 15 de dezembro termos a autorização para pagar o benefício.”

Quando interpelado se a PEC iria liberar o teto de gastos, no valor de R$ 200 milhões, o ex-governador de São Paulo afirmou que eles ainda não discutiram “nenhum valor”. Trata-se da primeira visita de Alckmin depois do segundo turno das eleições.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI); o coordenador do programa de governo do PT, Aloizio Mercadante; a presidente da sigla, a deputada Gleisi Hoffmann (PT); os senadores Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN), Fabiano Contarato (PT-ES); e os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS) também participaram do encontro.