Olá amigo leitor, ao escrever este artigo, confesso, me sinto como um verdadeiro “comentarista do óbvio”. Falar do mal estado das principais vias do centro e dos bairros da cidade de Alagoinhas, algo que se nota a olhos vistos por qualquer um que ponha os pés para fora de suas residências, é tão evidente, quanto necessário neste momento.
Sem sombra de dúvidas, chegamos em junho de 2023 registrando o pior momento em termos de conservação de nossas estradas desde que o prefeito Joaquim Neto assumiu a prefeitura em 2017. As reclamações da população são muitas. No programa Primeira Mão, por exemplo, programa que apresento diariamente na rádio Ouro Negro 100,5 FM e na rádio web 2 de julho ao lado do ex-prefeito Chico Reis, do ex-vereador José Gomes e do radialista Luciano Reis, e que serve de termômetro para identificarmos as principais queixas da cidade, o tema infraestrurura/buraqueira tem concentrado grande parte dessas manifestações.
Em meio aos festejos de São João, que sem sombra de dúvidas aquece o comércio local, gera emprego e renda e leva entretenimento e lazer para os cidadãos, ter um problema como esses rivalizando não é um bom sinal.
Mas, qual seria o motivo para tal situação? Até aqui a secretária municipal de infraestrutura, Maria Das Graças, não foi convincente em suas explanações.
É bom lembrarmos que Maria Das Graças, com o trabalho de asfaltamento de vias, foi importantíssima para reeleição do prefeito Joaquim Neto em 2020, assim como também, ao lado da secretária municipal de saúde, Laína Passos, teve papel relevante participação na obtenção da votação expressiva obtida pela neófita Ludmilla Fiscina em Alagoinhas na sua campanha vitoriosa para o cargo de deputada estadual. Acreditar que ela desaprendeu a gerir sua pasta não me parece uma sentença lúcida. Então o que acontece? Falta dinheiro? Há problemas na execução do orçamento? O orçamento foi subdimensionado? A população exige e merece respostas..
O prefeito Joaquim Neto, que saiu da eleição de 2022 como a principal liderança politica da região, e que graças a isso goza de grande prestigio junto ao Governo do Estado, precisa desde já se aperceber do sentimento de indignação que começa a tomar conta da população, cansada de conviver com esse estado de coisas.
São reclamações que surgem do centro, dos bairros periféricos, das sedes dos distritos… As críticas e queixas sobre a má conservação de nossas vias vão se avolumando, ao mesmo tempo que a falta de paciência do povo também cresce.
Em uma cidade em que as principais forças oposicionistas estão desmoralizadas e que o resultado das últimas eleições colocou o executivo municipal em certo conforto politico, o comodismo pode ser uma chaga silenciosa, mas com capacidade destrutiva acentuada.
É sempre bom dar mais ouvidos ao povo, do que aqueles que buscam blindar os seus chefes das “noticias negativas”. Isso vale para qualquer secretário ou detentor de mandato.
O povo de Alagoinhas aguarda uma solução, se possível, antes do término dos festejos do São João.
Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.