Celso Athayde, fundador da Cufa (Central Única das Favelas) e idealizador da Expo Favela, que ocorre neste fim de semana em São Paulo, disse que a “favela não passa nada para Lula”. A fala foi durante o evento, que conecta empreendedores a investidores, e está sendo realizado neste final de semana.

Segundo ele, o pacote que ampliou isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 mensais, não reflete na realidade de quem vive na favela. “A renda média de quem mora nas favelas é de R$ 2.800. Então, a isenção não gera impacto”, destaca.

Athayde disse ainda que debates sobre o G20, a COP30 ou se o petróleo aumentou não fazem parte do cotidiano da favela. “A base da favela é salário mínimo. As pessoas ali têm o seu emprego e sabem que, se continuarem trabalhando, receberão seu salário e ponto. Elas não vão discutir o que é ser de esquerda ou de direita, o que é o Estado mínimo ou máximo. Elas querem que o Estado funcione para elas”, sinalizou.

“Essas pessoas, apesar de serem empreendedoras, não têm o grau de conhecimento dos empresários do asfalto. Elas não têm a mesma formação, não pedem os mesmos volumes de recursos [em empréstimos], não têm as mesmas informações. E nem sabem por que os juros estão subindo”, disse.

 

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