O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu a atriz Fernanda Torres após a artista falar que o filme “Ainda Estou Aqui”, que disputa três estatuetas no Oscar 2025, “não poderia ter sido feito no governo Bolsonaro”. Em entrevista, o ex-mandatário afirma “não ter perseguido ninguém” e que as declarações da humorista são para atingi-lo.

“O brasileiro ganha em qualquer lugar. Agora, a mensagem ali é política. Ela falou por exemplo que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Por quê? Eu proibi alguém de fazer alguma coisa? Cassei a concessão de alguém?”, disse Bolsonaro em uma entrevista ao jornalista Leo Dias veiculada na terça-feira (25).

“Eu não sei por que ela fala isso aí, ela fala isso aí para me atingir. […] Eu não persegui ninguém”, acrescentou.
Para o profissional, Bolsonaro revela não ter assistido a produção de Walter Salles, e aponta que o filme deveria abordar a sua trajetória. O ex-presidente afirmou que conhecia a família Rubens Paiva na cidade de Eldorado paulista, interior de SP.

O ex-presidente cita ainda que é “é muito difícil não ter [havido] relação” dele com o desertor do Exército, Carlos Lamarca, integrante do MR-8, principal alvo da repressão política após a execução de Carlos Marighella.

“O filme tinha que começar comigo. [Se vai falar em] família Paiva, tem que falar em Eldorado Paulista, em maio de 1970, quando passou Lamarca na cidade”, pontuou.

“Ainda Estou Aqui” é baseado no livro homônimo do jornalista Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui”, que aborda o período da Ditadura Militar e do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva no regime militar.

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