Nesta sexta-feira (7), Jessica Senra usou suas redes sociais para comunicar que está se despedindo do jornalismo depois de 20 anos de dedicação à profissão. A comunicadora, que anteriormente havia deixado a Rede Bahia, onde comandava o “Bahia Meio Dia”, tomou a decisão de encerrar de vez sua trajetória na área.
“Como conseguimos ter coragem para deixar algo que amamos, que construímos com tanto esforço, dedicação e carinho, mas que, no fundo, já não nos preenche da mesma forma? Foram mais de 20 anos inteiramente dedicados ao jornalismo diário, e foi muito difícil tomar a decisão de finalizar esse ciclo”, iniciou.
Senra destacou que o jornalismo sempre foi sua grande paixão. “Foi minha principal razão de viver, de buscar o aprimoramento constante, tanto profissional quanto pessoal. Então, imaginem o conflito de sentimentos e emoções ao perceber que era hora de dizer em voz alta: não quero mais isso. Foram meses de angústia e medo, sim, medo de deixar o conhecido, de abrir mão de um lugar privilegiado na comunicação baiana.”
Ela também refletiu sobre o desafio de deixar para trás uma carreira consolidada: “Como você deixa o lugar que conquistou com tanto esforço? Como pedir demissão de um emprego tão bom, com um bom salário, boas condições de trabalho e colegas queridos? Como sair da zona de conforto?”
Porém, Jessica revelou que a zona de conforto já não a satisfazia mais. “O conforto começou a se tornar desconfortável, e eu senti que queria explorar outras formas de me realizar. Mas, de que maneiras? Sinceramente, ainda não sei. Me perguntaram muito: ‘E agora, o que você vai fazer?’ A resposta é: eu não sei. E esse ‘não sei’ é angustiante, mas também representa um passo importante. Dizer o que eu não quero foi o primeiro passo.”
Embora tenha decidido deixar o jornalismo, Jessica afirmou que quer seguir comunicando de outras maneiras. “Quero continuar compartilhando conhecimento, provocando reflexões e impactos que tragam mudanças positivas para que as pessoas vivam melhor, de forma mais feliz, em uma sociedade mais justa e confortável. Mas como farei isso? Ainda estou desenhando o caminho, deixando a vida me conduzir e apresentar novas possibilidades. No meio desse medo e dessa incerteza, ainda não consigo ver claramente.”



























