A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou nesta quarta-feira (2) que o Brasil deve fazer uma análise detalhada dos impactos das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promovendo um “tarifaço” global e estabelecendo taxa de 10% aos produtos brasileiros. A entidade recomenda a adoção de diálogo para manter uma relação bilateral histórica e complementar entre os dois países.

“Claro que nos preocupamos com qualquer medida que dificulte a entrada dos nossos produtos em um mercado tão importante quanto os EUA, o principal para as exportações da indústria brasileira. No entanto, precisamos fazer uma análise completa do ato. É preciso insistir e intensificar o diálogo para encontrar saídas que reduzam os eventuais impactos das medidas”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, em nota.

A CNI confirmou que enviará um grupo de empresários brasileiros para os Estados Unidos. A viagem deve acontecer na primeira quinzena de maio. De acordo com a entidade, a comitiva deverá se reunir com representantes da indústria e do governo norte-americano para tratar da situação.

“A missão empresarial estratégica para os EUA tem justamente o objetivo de aprofundar o relacionamento e discutir caminhos para fortalecer a cooperação e o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, completou Alban.

Segundo a CNI, os Estados Unidos são o principal destino das exportaçãoes brasileiras da indústria de transformação, além de liderarem o comércio de serviços e os investimentos bilaterais. Em 2024, o setor exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para a terra do Tim Sam. Nesse ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para o país da América do Norte, foram criados 24,3 mil empregos no Brasil, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção.

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