A sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (21) foi marcada por um tributo à trajetória de Francisco Waldir Pires de Souza, um dos nomes centrais da política baiana e brasileira, que completaria 99 anos na data. Em discursos, os vereadores Francisco Thor de Ninha e José Edésio destacaram o legado de Waldir como um pilar na defesa da democracia.
Thor de Ninha iniciou sua fala lendo trechos de um artigo de autoria de Maurílio Fontes, publicado no jornal A Tarde, marcando o início da contagem regressiva para o centenário de Waldir Pires em outubro de 2026.
Citando o artigo, Thor de Ninha destacou a descrição da vida pública do homenageado, classificada como “pautada pela ética, compromisso com os direitos sociais e a defesa intransigente das instituições democráticas” e um “farol em tempos de incertezas”.
Thor de Ninha também repercutiu a preocupação do autor do artigo sobre um “apagamento deliberado ou não” da memória de Waldir Pires, citando a afirmação do texto de que “resgatar sua trajetória é mais do que reverenciar um personagem histórico, é reafirmar os valores democráticos que defendeu”. O vereador endossou fortemente a sugestão para a criação do “Instituto Waldir Pires” e de um memorial dedicado à sua trajetória.
O parlamentar relembrou momentos cruciais da carreira de Waldir Pires, incluindo seu exílio no Uruguai e na França após o golpe militar de 1964. “Veja o perigo de uma ditadura”, pontuou o vereador, acrescentando “que um homem como Waldir Pires, que foi professor de universidade na França, teve que fugir do nosso país”.
Ele destacou a versatilidade de Waldir Pires ao longo de mais de 60 anos de vida pública, ocupando os cargos de ministro da Previdência, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), ministro da Defesa, governador da Bahia, deputado federal e estadual.
O vereador José Edésio compartilhou suas experiências pessoais de campanha ao lado do líder. “Para os mais jovens que não tiveram a oportunidade que eu tive, eu caminhei com um boné de Ulysses Guimarães e outro de Waldir na cabeça”, recordou.
Edésio detalhou a visita de Waldir e Ulysses a Alagoinhas, mencionando figuras locais. “Fomos visitar dona Litinha do Acarajé”, disse, lembrando que Judélio (pai de Gustavo Carmo), um admirador de ambos, “estrategicamente já tinha mandado fazer um monte de acarajés e de abarás para o velho Ulysses e Waldir”.






























