O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) criticou os líderes do União Brasil no estado ao comentar sobre o apoio do MDB à reeleição do presidente Lula (PT) em 2026. Nesta sexta-feira (24), ele questionou a ambiguidade na atuação dos políticos, que se posicionam como oposição, mas indicam cargos e têm ministérios.

“O partido respeita a posição dos estados, mas se tiver uma posição de unificação, tem que ser de apoio ao presidente Lula. Nós não podemos ficar como o União Brasil, que tem três ministros e o líder deles aqui na Bahia fica posando de oposição, mas em compensação indica Codevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba], indica tudo. Na hora de ter a boquinha, eles querem, mas na hora de posar de oposição, eles posam de oposição”, afirmou Geddel.

Ao avaliar a dificuldade da sigla em ter “unidade absoluta” e apresentar um candidato próprio, o ex-ministro ressaltou que o MDB é entendido, historicamente, como um “partido ônibus”, que na ditadura militar aceitou todos que lutavam contra o regime. “Tinha comunistas, direitistas, tinha todo mundo que tinha com a democracia a sua maior bandeira. Isso permanece até hoje”, afirmou.

“Nós temos três ministros. Então, a posição coerente que o povo entende é que o MDB se unifique em torno da reeleição do presidente Lula. Se isso não for possível, o caminho vai ser liberar nos estados. Apoiar um candidato de oposição, eu acho que sem chance. Chance zero”, concluiu.

As declarações foram feitas por Geddel Viera Lima em entrevista coletiva durante o evento de entrega do título de cidadão baiano ao ministro Jader Filho na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

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