Na sessão ordinária realizada nesta terça-feira (11), parlamentares voltaram a discutir um tema que tem mobilizado a população: as dificuldades de acesso aos serviços de saúde. O debate foi marcado por críticas, propostas e apelos por maior eficiência na gestão municipal, especialmente diante da interrupção dos exames de mamografia na rede pública devido à quebra do equipamento da Policlínica Estadual.
A vereadora Luma Menezes – líder da bancada de oposição – abriu o tema destacando o problema da falta de mamografias na rede pública, em razão do equipamento da Policlínica Estadual estar quebrado. “Em pleno Outubro Rosa e Novembro Azul, é inaceitável que o exame mais básico de prevenção ao câncer de mama dependa de um único equipamento. Conversei com o secretário municipal de Saúde, e discutimos possibilidades: ou o município adquire seu próprio mamógrafo, ou faz convênios com clínicas locais para garantir o atendimento”, declarou”.
Em seguida, afirmou: “Enquanto isso, mulheres continuam indo e voltando das unidades sem conseguir cuidar da própria vida. Saúde é prioridade, e o município precisa agir com planejamento”.
O vereador Jorge da Farinha reforçou a necessidade de autonomia municipal na realização dos exames e defendeu a adoção de parcerias com o setor privado. “Alagoinhas é grande demais para depender de um único equipamento regional. Se a Policlínica estiver com o mamógrafo quebrado, o município fica de mãos atadas – e isso não pode continuar assim. Defendo que a Prefeitura faça convênios com clínicas locais: se uma clínica fizer dez mamografias, paga-se por dez; se fizer vinte, paga-se por vinte. Saúde é direito, não é favor”, argumentou.
Em seguida, o parlamentar salientou a importância da agilidade nas respostas do sistema de saúde. “O problema não é só o equipamento quebrado, é o sistema que demora a reagir. Quando falta remédio, é por falta de comunicação. A população precisa de respostas rápidas e concretas. Não é possível esperar três meses por um exame”, concluiu.
O debate também contou com a participação do líder da bancada de situação, vereador José Edésio, que chamou atenção para a necessidade de sensibilidade da gestão pública. “Recebemos relatos de famílias desesperadas por remédios, exames e atendimentos. É preciso coragem para dizer que o Ministério Público também precisa agir. Quando o problema está no sistema judicial, ninguém fala. Saúde deve ser prioridade real, não pauta de ocasião”, disse.
Por fim, o vereador Anderson Xará destacou a importância da humanidade nas políticas públicas. “Há instituições e igrejas que fazem o papel do Estado, ajudando a matar a fome da população e acolher quem precisa. A saúde pública precisa ser humana. O poder público deve ser parceiro do cidadão, e não um obstáculo. Falta amor e escuta nas decisões”, concluiu.




































