Na sessão ordinária realizada nesta quinta-feira (04), o vereador Thor de Ninha trouxe à tona um incidente ocorrido no Hospital Regional Dantas Bião, envolvendo dificuldades no atendimento e o comportamento inadequado de uma funcionária da área de segurança. Em seu pronunciamento, o parlamentar parabenizou a diretora do hospital, Indaiane Abade, pela intervenção no caso, mas criticou duramente o tratamento recebido e as falhas no atendimento ao público.

Thor iniciou o relato destacando sua tentativa de visita a um amigo pessoal no último dia 23. “Fui visitar um senhor que foi vice-presidente da associação de moradores do Mangalô e que ajudou minha família em um momento muito difícil, quando meu irmão conseguiu o primeiro emprego com a ajuda dele. No entanto, cheguei um pouco tarde e, por conta disso, perdi a fila para a visita, que se encerrava às 4 da tarde”, explicou o vereador. Apesar disso, ele foi conduzido à assistência social, onde conseguiu vê-lo por apenas cinco minutos, antes que ele fosse liberado para ir para casa.

Na semana seguinte, o senhor voltou a ser internado, e Thor tentou novamente visitá-lo no domingo, mas enfrentou mais dificuldades. “O setor onde Deusdete estava permitia visitação até às 15h, e quando cheguei lá, já havia duas pessoas na fila. Como o tempo de atendimento era de 12 minutos por pessoa, eu sabia que não conseguiria visitá-lo a tempo”, lamentou o vereador. Mesmo assim, Thor procurou a assistência social, onde foi novamente informado de que precisaria esperar na fila.

Quando tentou buscar uma solução mais direta, a situação se agravou. “Fui conversar com a segurança do hospital e expliquei a minha situação, mas a funcionária foi ríspida e disse que, como parlamentar, eu não tinha direito de cortar fila e deveria esperar como todos. Fiquei surpreso com a falta de compreensão”, disse Thor. A funcionária de segurança insistiu em um tratamento rígido e impessoal, o que levou o vereador a se dirigir à direção do hospital para tentar resolver o impasse.

A situação ficou mais tensa quando a polícia foi chamada para garantir a ordem, e Thor foi acusado de tentar “invadir a fila”. “Chegando ao hospital, a fila estava grande, e eu só queria garantir meu direito de visitar meu amigo dentro das condições estabelecidas. Quando o psicólogo da unidade percebeu o impasse, ele me ajudou e, finalmente, consegui a visita por alguns minutos”, relatou.

No entanto, o parlamentar não poupou críticas à atitude da funcionária. “Fui tratado de maneira desrespeitosa, e o pior é que percebi um tratamento discriminatório. Se eu fosse outra pessoa, com outro perfil, talvez a situação tivesse sido diferente. Isso é uma questão de habilidades interpessoais, e a funcionária não soube lidar com a situação de maneira adequada”, afirmou Thor, mencionando que o tratamento que recebeu teve conotações racistas.

O vereador concluiu seu relato destacando a necessidade de mudanças no atendimento e nas atitudes dos profissionais do hospital. “Vou exigir uma retratação do hospital e que providências sejam tomadas para evitar que situações como essa voltem a acontecer. Agradeço à intervenção da diretora Indaiane Abade e do psicólogo, que demonstraram postura profissional, mas a atitude da funcionária de segurança foi inaceitável”, finalizou.

Ascom – Câmara Municipal de Alagoinhas

Fotos – Jhô Paz