O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para promover, pelo terceiro ano consecutivo, um ato público em memória da invasão das sedes dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A mobilização está prevista para ocorrer no próprio dia 8 de janeiro, na capital federal, e deve reforçar o posicionamento do Palácio do Planalto em defesa da democracia.
Durante o evento, o presidente Lula deve fazer um discurso com críticas ao governo anterior e ao movimento que culminou nos atos antidemocráticos.
Nos bastidores, a expectativa é de que o presidente vete o projeto de lei relacionado à anistia aos envolvidos nos ataques, utilizando a data simbólica como forma de marcar a posição do governo contra a proposta.
A organização do ato ficou sob responsabilidade do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL). Lula também já determinou a presença de todos os ministros na capital federal para participar da cerimônia.
Além do Executivo, devem ser convidados representantes das cúpulas do Legislativo e do Judiciário, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e comandantes das Forças Armadas.
Em 2024, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal não participaram do ato, em meio ao aumento das tensões entre os Poderes, motivadas principalmente por divergências sobre emendas parlamentares e o debate em torno da anistia aos condenados pelos atos golpistas.
Para 2026, o governo pretende dar ao evento um novo peso político, diante do avanço dos processos judiciais contra os envolvidos na tentativa de golpe, que incluem ex-integrantes do governo Bolsonaro, militares e outros acusados, com decisões já proferidas e outras ainda em julgamento.


























