Yasmin, 9, Maria, 3, Samuel, 3, João Lucas, 6, e Letícia, 5. O quê eles têm em comum? Um crescente interesse pelo 7 de setembro. Os mais novos, principalmente, ainda não entendem o real significado da data, mas todos sabem que foi importante para a história do Brasil e querem comemorar, seja assistindo ou sonhando em um dia, quem sabe, também poder desfilar.

Yasmin Paulina chegou à Praça da Bandeira, no Centro de Alagoinhas, por volta das 5h, com os pais e o irmão mais novo, de 3 anos. A mãe é vendedora de DVDs e aproveita a data para fazer um extra. Já a garota faz questão de estar presente, todos os anos, e participa só por prazer mesmo: “eu fiquei ansiosa e nem consegui dormir que era pra não perder a hora. Minha mãe fica com pena de me acordar. Eu acho muito interessante o desfile”.

Quando questionada sobre a data, ela tem a oportunidade de mostrar o que apreendeu na escola e responde rapidamente, sem deixar espaço para insegurança: “foi quando João Pedro I veio aqui ao Brasil pra tentar salvar o Brasil. Porque o Brasil, tudo que fazia aqui ia pra Portugal. Então ele falou que não podia mais ficar acontecendo isso. Ele chegou, foi lá numa praia, aí ele levantou a espada e gritou: independência ou morte!”

Para a pequena Maria, 3, a experiência é bem diferente. Em seu primeiro ano nas comemorações, a criança mantém o olhar fixo na avenida. Segundo a mãe, Laisse Santana, 23, Maria sempre teve curiosidade em assistir o desfile. “Era o sonho dela”, afirmou Laisse, que estudou em Colégio Militar, desfilou durante muitos anos e, por entender esse momento importante, estimula agora a filha a também ser patriota.

Samuel da Silva Filho, 3, chegou despertando atenção com sua farda de militar. A ideia foi do pai, Samuel da Silva, que é militar da Caatinga. “Mesmo pequeno a gente traz pra ele já ir percebendo a importância da nossa pátria e da história do nosso país”, comento

O militar mirim deu tanta importância ao desafio que, durante o desfile, se comportou como um verdadeiro oficial, inclusive durante as fotos que tirou com desconhecidos. A cada registro, a pose se repetia automaticamente: postura ereta, braços cruzados nas costas e um quase sorriso no rosto.

Os pequenos podem até não entender em profundidade o que é essa tal “independência do Brasil”. Fato é que eles trazem felicidade e renovação às comemorações pelos 196 anos da pátria amada.

Fonte: SECOM