Uma ala do bolsonarismo que resiste à eventual candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) tem intensificado as articulações em torno do nome do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), como alternativa da direita para 2026.

Segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, esse grupo passou a defender o nome do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como vice em uma chapa encabeçada por Caiado.

A movimentação tem como objetivo enfraquecer a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível, ungir Tarcísio como seu herdeiro político. Os aliados mais próximos do ex-presidente veem no governador paulista um risco à continuidade do bolsonarismo. “O Tarcísio é jovem. Ele ficaria dois mandatos, e oito anos mata o bolsonarismo”, afirmou, sob reserva, um interlocutor de Bolsonaro à coluna.

Caiado, por sua vez, tem buscado se viabilizar como um nome de perfil conservador, com discurso liberal na economia e alinhado à pauta de costumes da direita. Segundo a apuração da coluna, o governador goiano tem prometido a Bolsonaro que, caso eleito, cumpriria apenas um mandato e abriria espaço para a continuidade do campo conservador com outro nome, possivelmente um representante do clã Bolsonaro.

Tanto Caiado quanto Tarcísio sinalizam que, se chegarem ao Planalto, concederiam indulto ao ex-presidente, condenado e impedido de disputar eleições até 2030. A disputa interna expõe o racha na base bolsonarista sobre quem deve liderar a sucessão da direita no cenário eleitoral de 2026.

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