Caro leitor, Alagoinhas sofre com uma grande falta de nomes para assumir o protagonismo dos grupos políticos da sociedade. A escassez eleitoral da cidade se perfaz quando vislumbramos os nomes dos pré-candidatos ao pleito da cidade e a base política atrás deles.
O grupo de Paulo Cézar está a anos bordejando as urnas e cargos públicos da cidade. Com quase 100% de certeza, acredito que a maioria dos cidadãos de Alagoinhas sabem de có e salteado os nomes dos integrantes do grupo político de PC. Vejo-o como o Odorico Paraguaçu de Alagoinhas, caricato e amado pelo povo, apesar dos pesares. São aqueles mesmos discursos, vindos do mesmo protagonista que já não cabe mais a cidade. Para corroborar com meu pensamento, esse grupo responde, detém vários integrantes como réu, em processos que correm na Justiça Federal acusados de locupletar-se do erário público indevidamente as margens da ética e da moral. Velha política estampada e de carteirinha carimbada.
O PT também não se atualizou! Continua com seu mesmo personagem principal, Joseildo Ramos, que atua a anos bordejando as urnas e cargos públicos. Infelizmente, atuação fraca e desprestigiada. Agora acreditam em empurrar o nome de Luciano Sérgio para abafar os vexames passados tanto do próprio Joseildo quanto do seu mosqueteiro, Radioval Costa. Parecem que estagnaram no tempo. Será que não existe um nome novo no PT para substituir esses defasados agentes? Não terá um D’Artagnan? A velha política praticada pelos três mosqueteiros já tem marcada o sinal de dividir na testa visto que Tonho Rato, membro-defensor do Petismo, agora faz parte do PDT e passou a criticar tudo e todos em sua incessante luta para alcançar uma posição política que o PT nunca lhe daria.
O Democratas sofre do mesmo mal de seus adversários. Ainda tem como protagonista principal e mandatário, o grupo político de Paulo Azi. O clássico político da velha guarda, estrategista de bastidores que não se aproxima nem um pouco do povo, mas, apesar disso, continua como um forte grupo atuante na cidade. Perdendo força após apoiar Joaquim Neto e ser chutado para fora da Praça Graciliano de Freitas. O Sinhozinho Malta baiano não enfrenta as urnas municipais para o pleito de prefeito, no entanto traça estratégias para fincar seu grupo no poder municipal. ‘Tô certo ou tô errado?’ – Tá errado, deputado!
Não posso deixar de lado o próprio prefeito Joaquim Neto. Não tem um grupo definido ao seu redor, acumula rompimentos e desagrados com a maioria dos políticos da cidade. Apesar disso, Joaquim ainda é o prefeito e, como de praxe da velha política, tenta oferecer pedaços do bolo municipal para atrair correligionários para a disputa da reeleição. O Didi Mocó alagoinhense cuja a principal qualidade é nos divertir com suas trapalhadas, pena que a seu reboque leva o interesse público tão castigado de nossa cidade.
Prezados leitores, minha analogia e alusão as figuras fictícias do passado é para alertá-los que não cabe mais continuar com os mesmos personagens. Alagoinhas merece mais, merece novos nomes, novos projetos políticos. Há anos que estamos discutindo e levando em consideração a eleição de atores que já estão atuando na cidade a muito tempo sem conseguir demonstrar o mínimo de retorno a sociedade.
A pergunta é: Vamos mudar de canal ou esse filme velho que assistimos ainda nos basta?
Hugo Azi é advogado formado pela faculdade Ruy Barbosa, Pós-graduado em Direito Empresarial pela FGV/SP, membro da comissão de Direito Empresaria da OAB/BA e do Instituto Brasileiro de Recuperação de Empresas, além de ser colunista do site News Infoco.