Após um acordo entre vereadores da base do governo Joaquim Neto e oposicionistas as CPIs que estavam previstas para serem instaladas, não mais serão iniciadas.

Duas CPIs já haviam sido protocoladas na Casa, uma pela oposição para investigar irregularidades em contratos do transporte escolar na gestão Joaquim Neto, e outro protocolado pela base do governo, com assinaturas dos vereadores do PT, para averiguar irregularidades na SMTT entre 2009 e 2018.

As duas forças até a última terça-feira(11) pretendiam instalar mais uma CPI, pelo lado oposicionista para investigar irregularidades na SESAU, pelo lado da base para investigar irregularidades na execução da obra de macro-drenagem do Silva Jardim, na gestão Paulo Cezar.

Os oposicionistas João Henrique Paolilo(Podemos), Darlan Lucena(PRP), Caio Ramos(REDE), Duy do Frango(PMN), Anderson Baqueiro(Solidariedade) e Pastor Lins(PPL) decidiram, após o acordo, retirar as assinaturas que constavam para a instalação da CPI na SEDUC. Já os vereadores Cleto da Banana(PTC), Ozeas Menezes(PRP), Jorge da Farinha(DEM), Juracy(DEM), Gode(PR), Raimunda Florencio(PSD) e Bebé(PTC) decidiram tirar as assinaturas para instalação da CPI da SMTT. Em ambos os casos, os vereadores do PT, Luciano Sérgio e Thor de Ninha, foram os únicos a manterem as assinaturas, número insuficiente  para o prosseguimento das CPIs.

Nos bastidores, informações dão conta que tanto interlocutores do ex-prefeito Paulo Cezar(PRP) quanto do atual prefeito Joaquim Neto(DEM) trabalharam para costurar esse acordo entre os vereadores.

A instalação de duas CPIs para investigar irregularidades na gestão Paulo Cezar foi visto com preocupação por seus apoiadores mais próximos, que já se veem preocupados com as investigações da CGU e da PF.

O fato do vereador Anderson Baqueiro também ser um dos prováveis convidados a depor na CPI da SMTT, já que por vários anos chefiou a superintendência, foi visto como uma situação constrangedora a ser evitada. Nessa situação, os próprios colegas vereadores investigariam Baqueiro.

Já pelo lado da base governista, a CPI seria um motivo de mais desgaste para Joaquim Neto, em um momento em que ele busca aumentar sua popularidade junto a população alagoinhense por meio de entrega de obras, como a reforma da Praça Rui Barbosa.

Por Caio Pimenta para o News Infoco