Alguém precisa avisar a Paulo Cezar que estamos em 2022 e a eleição é para deputado estadual – Por Caio Pimenta

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2 anos após a derrota na disputa pela prefeitura de Alagoinhas para o prefeito Joaquim Neto, Paulo Cezar continua a contestar o resultado das urnas. Hoje candidato a deputado estadual, ele continua a “ressuscitar os mortos” com teorias conspiratórias mirabolantes e digna de esquete de programa humorístico, a exemplo dos Trapalhões.

Vivendo um momento politico ruim, envolto a casos graves de corrupção, cujo o Ministério Público Federal se apresenta como seu principal algoz, Paulo se agarra a contestação do resultado eleitoral de 2020, para “espernear”. Hoje pela manhã, em entrevista concedida à rádio Boa FM, Paulo Cezar voltou a repetir o mantra. Mantra que parece que carregará até 2024 para que não se perca no ostracismo: “Fui injustiçado no processo eleitoral de 2020.”

O ex-prefeito Paulo Cezar se apega ao fato de ter havido uma diferença de 1253 votos entre ele e o primeiro colocado daquela eleição para afrontar o resultado. Se esquece que em 2008, quando se elegeu prefeito pela primeira vez, venceu por uma diferença de apenas 652 votos. Será que no “fantástico mundo de Paulo Cezar” Elionaldo Teles, o seu adversário em 2008, também foi “injustiçado”? A verdade é que a soberba o tirou uma eleição tida como ganha em 2020. O “oba oba”, o “já ganhou’, a falta de cuidado com os aliados daquela oportunidade e, claro, os casos de corrupção que são apontadas na sua ex-gestão. Como negar as ações judiciais a qual responde, como negar a invasão de seu comitê pelo ministério público eleitoral na última eleição, após um vídeo apontar uma suposta compra votos(oferecimento de exames em troca de votos) cometida por ele.

Se compararmos 2008 com 2020, apesar do crescimento populacional do município no período, Paulo Cezar perdeu eleitores. Em 2008 ele teve 29.218 votos, em 2020 ele teve apenas 27.015 votos. Se ele repetisse a votação de 2008 teria sido eleito em 2020. Outro dado, 33.001 eleitores decidiram ou anular o voto, ou votar em branco, ou se abster na eleição para prefeitura de Alagoinhas. Ora, se um ex-prefeito de 2 mandatos não conseguiu convencer essa gama de cidadãos a votar nele, é porque há algo de errado… E não é com o processo eleitoral, é com o candidato.

Alagoinhas votou contra o que não queria naquela oportunidade. O tão conclamado “voto útil”, transmitido pelas eloquentes falas do radialista e empresário Juscélio Carmo, deu a vitória a Joaquim Neto.

Paulo Cezar perde a oportunidade de apresentar propostas factíveis para o mandato que se propõe a disputar agora, o de deputado estadual, para contestar eleições de 2020! Para alguém que já ocupou o cargo de vereador, deputado 2 vezes, prefeito 2 vezes, chega a ser vergonhosa tal postura.

Aqui vai uma mensagem a Paulo Cezar numa linguagem um pouco chula para que ele possa compreender “Menos mimimi Paulo Cezar. Esquece 2020. Estamos em 2022, a eleição agora é para deputado” 

Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.