Diz o ditado popular que “macaco não olha para o próprio rabo”. Pois bem amigo leitor, esse ditado pode cair como uma luva na Câmara Municipal de Alagoinhas, caso se leve em consideração as acusações feitas por integrantes do partido Novo que acusam a Casa Legislativa de falta de transparência, ameaçando, inclusive, ingressarem com uma ação popular contra o colegiado.
Isto mesmo, a Câmara Municipal que possui entre suas atribuições a fiscalização de ações a atividades ligadas ao serviço público, e volta e meia vemos discursos eloquentes de parlamentares se queixando da “falta de transparência”, é acusada de falta de transparência.
Integrantes do partido Novo se queixam que a Câmara de Vereadores não disponibiliza para a população as leis que são votadas e aprovadas. Isso nos faz relembram um grande trauma da população alagoinhense, quando foi pega de surpresa com a edição do código tributário que majorou e criou novos tributos para a população. O povo não teve acesso a esta pauta aprovada na Casa Legislativa. Se tivesse, a pressão popular poderia ter impedido a aprovação da mesma.
Não é só isso, diante dos dados disponibilizados pela Casa Legislativa, não é possível identificar a qual gabinete pertence os assessores e funcionários comissionados que compõem a folha de pagamento do órgão. Aliado a isso, encontra-se a dificuldade de acompanhar os gastos dos gabinetes dos vereadores com gasolina ou viagens, por exemplo.
Um exemplo atual, é o caso da líder da oposição Luma Menezes, que segundo a mesma, esteve em Belém do Pará participando da COP30. O fato suscita alguns questionamentos: 1- A viagem foi custeada com recursos da própria parlamentar pelos cofres da Câmara? 2- Em sendo custeada pela Câmara, a estadia em Belém tem ligação com as atribuições do mandato dela enquanto vereadora de Alagoinhas? 3- A parlamentar levou algum assessor(a) ou acompanhante com despesas pagas pela Câmara?
Esses questionamentos sobre a viagem da líder da oposição, se estende as demais viagens dela e de outros parlamentares da qual a população simplesmente desconhece as suas finalidades e custos.
Os integrantes do partido Novo de Alagoinhas ao cobrar transparência da Câmara de forma pública escancara a existência de um grande “telhado de vidro” que expõe a fragilidade do conjunto de parlamentares em eventuais críticas a quem quer que seja. “Como um parlamentar pode exigir transparência, se não é transparente?”, é um questionamento natural diante de toda essa situação.
A Câmara de Alagoinhas não pode ignorar a problemática que está sendo colocado pelo partido Novo. A população precisa de respostas.
Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.






































