Após meses de indefinições, o Republicanos, comandado no estado pelo deputado federal Márcio Marinho, definiu seu apoio à pré-candidatura de Gustavo Carmo para prefeitura de Alagoinhas. Com isso, Gustavo mantém praticamente toda a base de partidos responsáveis pela reeleição de Joaquim Neto em 2020, exceto o PDT, e se fortalece na disputa com Radiovaldo Costa pela cabeça de chapa da união partidária que deve se consolidar, após o carnaval. É bom lembrar que um dos critérios estabelecidos para a escolha do cabeça de chapa da ala governista é o número de apoios partidários.
Mais do que se fortalecer politicamente, Gustavo Carmo atinge em cheio seu principal adversário, Paulo Cezar Simões, que tinha no Republicanos o único partido de peso para agregar a seu grupo. Não terá mais.
A candidatura cezista terá que se contentar com uma federação PSDB/Cidadania esvaziado e com o União Brasil e PDT fazendo contas para ver se consegue o número de votos suficientes para eleger ao menos 1 vereador.
A falta de nomes competitivos no lado cezista para preencher as vagas para disputa da vereança em Alagoinhas é uma realidade. Basta perceber que os partidos brigam entre si para evitar defecções. Um exemplo bastante claro, e que há grandes chances de ocorrer, é a mudança partidária da vereadora Luma Menezes que deve trocar o PDT pelo União Brasil para ter melhores chances de reeleição.
A sua ida para União Brasil trará dor de cabeça para os seus colegas carlistas Luciano Almeida e Jaldice Nunes. Um dos 3, ou até 2 dos 3, podem sobrar nas eleições. Quanto ao PDT, corre-se o risco de mais uma vez ficar sem eleger ao menos 1 representante na Câmara Municipal.
Além da falta de musculatura politica, a falta de recursos na campanha cezista também preocupa. Acossado por inúmeros processos no qual é acusado de corrupção no período em que governou a cidade, e já contando com uma sentença condenatória em primeira instancia por fraude em licitação, difícil encontrar um financiador que se arrisque a ser alvo de alguma devassa da Policia Federal ou demais órgãos de controle. A falta de confiança e credibilidade na figura de Paulo Cezar também não é pouca.
Aliando isso ao retrospecto de perda de eleitorado ao longo dos anos(Paulo Cezar caiu de 46260 votos em 2012 para 27015 em 2020), a eleição de outubro para Paulo Cezar não deve ser nada fácil.
Pelas ruas da cidade de Alagoinhas, o que se comenta é que a o processo eleitoral não deve esperar outubro para acontecer, já deve começar após o carnaval.
Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.