A condenação do ex-prefeito Paulo Cezar a 2 anos e 6 meses de prisão por participação em um esquema fraudulento que desviou milhões de reais do transporte escolar na época em que foi gestor do município de Alagoinhas já começa a interferir na conjuntura eleitoral do ano que vem.
Com a possibilidade real de inexigibilidade do ex-prefeito, que é pré-candidato a prefeitura, caso uma decisão da 2ª instancia referende a condenação, as forças politicas da base do governador Jerônimo Rodrigues no município, que discutem nos bastidores a formação de uma chapa única para o pleito do ano que vem, devem colocar o pé no freio, pelo menos por enquanto.
Integrantes da Federação Partidária formada por PT, PV e PC do B, ouvidos por esta coluna, informaram que o momento é de avaliação. Nos próximos meses devem ser discutidas as chances de Paulo Cezar se tornar inelegível e também o impacto politico à sua imagem coma condenação. A mesma ideia é também compartilhada por pessoas ligadas ao grupo liderado pelo prefeito Joaquim Neto.
A opinião é que sem Paulo Cezar na disputa, ou com ele enfraquecido, as duas forças politicas ligadas ao Governo Estadual, poderiam disputar o protagonismo municipal sem correrem o risco de perder o controle da prefeitura para oposição.
Ainda também é incerto qual será o posicionamento do grupo liderado pelo deputado federal Paulo Azi, que nas últimas eleições foi avalista do nome de Paulo Cezar. Ao defender a candidatura de um “condenado pela Justiça” o custo politico pode respingar tanto no Grupo, quanto no seu líder.
Estando na eleição, ou fora da eleição do ano que vem, o hoje “condenado” Paulo Cezar já influencia a conjuntura politica para o pleito eleitoral do ano que vem.
Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.