Após pressão dos servidores do SAAE, projeto de parceria publico-privada de iniciativa do executivo municipal é retirada de pauta na Câmara de Vereadores de Alagoinhas

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Na foto, servidores do SAAE lotam a sessão da Câmara de Vereadores de Alagoinhas

Um projeto de autoria do executivo municipal causou polêmica na sessão da Câmara de Vereadores de Alagoinhas desta terça-feira(15). Servidores do SAAE acusam a prefeitura de com o projeto, abrir uma brecha jurídica para uma futura privatização da autarquia municipal.

Apoiados pelos vereadores de oposição, principalmente os do PT, várias criticas foram dirigidas ao projeto. Desde a alegação de ter um texto genérico e pouco explicito, o que segundo eles abriria margem para privatizações, a erros literais graves, como chamar Alagoinhas de capital do estado, o que denotaria um projeto “copia e cola” da prefeitura de Salvador.

Em conversa com o News Infoco, o secretário de Comunicação da prefeitura, Gustavo Carmo, classificou o posicionamento da oposição e do sindicato como perverso e oportunista. Disse que foi feito todo um movimento orquestrado para causar mais um revés politico ao prefeito Joaquim Neto.

O secretário explicou que parceria público privada não é sinônimo de privatização e que o projeto em nenhum momento trata de privatização. Também afirmou que a gestão Joaquim Neto não tem nenhuma intenção de privatizar o SAAE.

A pesar das explicações do secretário, o site News Infoco apurou que o prefeito Joaquim Neto ficou irritado com a equipe de juristas que formulou o projeto e o enviou à Câmara. Segundo informações obtidas pelo News Infoco, foi a pedido do próprio prefeito que o projeto foi retirado de pauta.

O prefeito Joaquim Neto quer que a equipe de juristas revise e refaça o texto do projeto, além de que seja discutido com os vereadores para possíveis adequações. Só após esse tramite o projeto será enviado à Câmara novamente.

A intenção do prefeito, segundo levantamento feito pelo News Infoco, é fazer uma parceria publico privada na área de iluminação publica da cidade. Nesse caso uma empresa ficaria responsável pela manutenção e otimização da iluminação pública no município, hoje de competência da SESEP.

No entanto o texto não teria deixado isso explicito, o que enfureceu o prefeito.

Por Caio Pimenta para o News Infoco