Após um dia de rebeldia na base e de endurecimento da oposição, exigindo uma reação direta da Secretaria de Relações Institucionais (Serin) nas articulações junto aos parlamentares, a liderança do governo na Assembleia Legislativa tenta votar na tarde desta quarta-feira (13) pelo menos quatro projetos enviados à Casa pela Defensoria Pública, Ministério Público e tribunais de contas, envolvendo reestruturações.

O líder da maioria, Rosemberg Pinto (PT), que será novamente testado hoje, almeja garantir ainda a aprovação da urgência da proposta enviada pelo Executivo de elevar taxas cobradas pelo Estado, a exemplo das relacionadas às operadoras especiais de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros.

Nesta terça (12), as contas de 2022 do então governador Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, foram aprovadas em votação secreta com o número mínimo de sufrágios necessários (32). Quase não houve quórum para a sessão, o que seria uma derrota para o governo. Vale lembrar que a base do Executivo conta com uma bancada de 42 deputados.

Para que o quórum ontem fosse garantido, a Serin ligou diretamente para os deputados que se recusaram a atender os apelos de Rosemberg e descer dos gabinetes para o plenário. Só assim, faltando pouco tempo para o encerramento da sessão, foi assegurada a presença de 34 parlamentares, contando Hilton Coelho (Psol), que é da oposição. Os demais membros da minoria, embora presentes em grande parte na Casa, se ausentaram para tentar derrotar o governo.

“Só descemos ao plenário porque o secretário da Serin, Luiz Caetano (PT), e o chefe de Gabinete do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Adolpho Loyola, ainda têm prestígio com os deputados da base. Já Rosemberg, que não honra os compromissos e lidera apenas para si próprio, não tem mais a menor condição de ser líder. E ele ainda sonha que será presidente da Assembleia, mas, desse jeito, as chances são de menos de zero”, comentou reservadamente um deputado aliado do Executivo.

Já a oposição, por meio do líder Alan Sanches (União), cobrou do governo liberação do pagamento das emendas impositivas para voltar a firmar acordos com a maioria para a aceleração das votações. Por conta disso, parlamentares da bancada estão neste momento na Serin tentando solucionar o impasse.

 

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