Ato unificado de centrais tem vaias a líderes sindicais

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Apesar de terem promovido pela primeira vez um ato único para celebrar o 1° de maio, líderes das centrais sindicais tiveram seus discursos vaiados durante a festa, realizada no vale do Anhangabaú, em São Paulo.

As falas no palco foram feitas antes dos shows musicais programados para o ato, e duraram cerca de uma hora e meia. Presidentes de Força Sindical, UGT, Intersindical e CTB foram vaiados por simpatizantes de outras centrais. A maioria deles defendeu uma greve geral programada para 14 de junho.

A UGT, segunda maior central, porém, não apoia a paralisação. “Sou contra a greve geral, sou a favor do diálogo, por isso fui falar com o Bolsonaro. Acho que greve é um instrumento constitucional, mas só deve ser utilizada quando o diálogo for exaurido”, disse Ricardo Patah, presidente da central. O encontro, realizado na última segunda-feira (29), foi noticiado pela coluna Painel S.A, da Folha de S.Paulo.

O sindicalista foi pedir equilíbrio ao presidente no que ele chama de um movimento para extinguir os sindicatos por parte do governo. A hostilidade do governo aos direitos trabalhistas favoreceu a união de todas as centrais sindicais, segundo Vagner Freitas, presidente da CUT. Ele veio vestido de branco e com uma camiseta com foto do ex-presidente Lula e os dizeres “Lula Livre” na estampa. “A pauta é única, contra a reforma previdenciária”, diz.

O presidente da CUT criticou a posição de Bolsonaro sobre a crise política na Venezuela. “Vim de branco porque o Brasil é um país de paz. O governo não deve estimular a violência contra o povo venezuelano. A Venezuela é um problema da Venezuela e tem que ser resolvido democraticamente pelos  próprios venezuelanos”, disse a jornalistas.

Estadao