Se até bem pouco tempo, o prefeito Joaquim Neto(PSD) tinha que passar por certas dificuldades para contar com o apoio e a fidelidade da própria base na Câmara Municipal de Alagoinhas para provar com celeridade projetos de seus interesse. Agora o momento é completamente diferente.
Com o caixa reforçado e contando ainda com as obras do Governo do Estado, Joaquim Neto passou a ser “tietado” pela base como nunca houvera experimentado. Se antes era possível perceber uma supremacia no discurso da desmoralizada oposição alagoinhense, composto por apenas 5 integrantes, sobre uma base composta de 12 vereadores(inclui-se o presidente Cleto da Banana, que detém indicações na prefeitura), agora a história é diferente. O silencio concensuoso da base governista diante das fortes críticas da oposição, deu lugar a defesa fidagal da gestão. Não é por acaso.
Com um volume de obras nunca antes vistas na cidade, a base do prefeito tem se engalfinhado para “aparecer na foto” e assumir a paternidade de várias obras no município. Até o presidente da Casa Legislativa, Cleto da Banana, responsável por negar diversos pedidos de urgência solicitados pela gestão municipal, decidiu participar da peleja. Ele tem pretensões de suceder o prefeito Joaquim Neto, lançando-se candidato a prefeito em 2024.
Com a credibilidade em baixa perante a população, os vereadores não só brigam entre si pelo protagonismo das obras do município, como também tem se incomodado com a visibilidade dada pela gestão municipal a lideres comunitários como Fábio Moraes, de Santa Terezinha, e Gleyser Soares, da Rua do Catu. São os “ditadores da incompetência” querendo impedir as conquistas das comunidades, fora de suas influencias. Mais um episódio lamentável daquela que já é considerada A PIOR COMPOSIÇÃO DE CÂMARA DA HISTÓRIA DE ALAGOINHAS.
O desejo de ter o apadrinhamento das ações da gestão municipal é tamanha que, na sessão de hoje(09), o vereador Anselmo Bal se queixou da secretária municipal de Infraestrutura, Maria das Graças. Pela manhã, Maria das Graças, concedeu entrevista ao Programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100,5 FM, programa que tem feito críticas contumazes a incompetência e irresponsabilidade dos diversos atos dos vereadores locais. A falta de um gracejo da secretária aos vereadores no programa incomodou o edil.
Se antes o problema de Joaquim era unir sua base no entorno de seus projetos, o problema agora é outro: acalmar os ânimos de uma base que não aceita concorrência e quer uma vaga vitalícia como “papagaio de pirata” do gestor.
Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.