Na foto, Benedito Vieira, presidente do Sicomercio Alagoinhas
A decisão do prefeito Joaquim Neto(PSD) de decretar a obrigatoriedade da comprovação da vacina contra a covid-19 para que os cidadãos possam ter acesso a bares e restaurantes em Alagoinhas foi duramente criticada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região(Sicomércio), Benedito Vieira.
Em entrevista concedida ao programa Primeira Mão, Benedito afirmou que novamente a classe empresarial não foi ouvida “assim como aconteceu com o código tributário, o aumento da COSIP e a criação da taxa do lixo’.
Para Vieira a medida só contribui para que Alagoinhas não se desenvolva e questionou os parâmetros utilizados pela prefeitura para definir bares e restaurantes como ambientes propícios para o contágio do vírus. “Enquanto uma lanchonete na Rui Barbosa terá que exigir cartão de vacina, o Atakarejo, que tem lanchonete dentro do supermercado, não terá”. Ele ainda vislumbra que vereadores da cidade devem se levantar contra a fiscalização nos bares e restaurantes da Central de Abastecimento, reduto eleitoral de muitos, deixando comerciantes do centro isolados.
O representante da classe empresarial afirmou ainda que a medida é ineficaz, já que a simples apresentação de um comprovante de vacina não impede que o cidadão esteja contaminado ou se contamine com a covid-19 ou H3N2. Várias pessoas já vacinadas tem sido infectadas pelos vírus.
Benedito informou que já acionou o setor jurídico da entidade para rever os efeitos deste decreto e que o entendimento é que a exigência é inconstitucional, já que no Brasil ninguém é obrigado a se vacinar, portanto não pode haver discriminação entre vacinados e não vacinados.
Por Caio Pimenta para o News Infoco