Capes alerta MEC que orçamento atual pode suspender bolsas em agosto de 2019

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A proposta orçamentária do governo do presidente Michel Temer para o ano que vem pode suspender o pagamento de todas as bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado a partir de agosto de 2019. De acordo com o Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), aproximadamente 93 mil discentes e pesquisadores seriam prejudicados pelo corte no orçamento.

Em um ofício encaminhado ao Ministério da Educação, a Capes alertou ainda que com a proposta orçamentária atual haverá a suspensão dos pagamentos de 105 mil bolsistas a partir de agosto de 2019, acarretando a interrupção do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), do Programa de Residência Pedagógica e do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor).

O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e os mestrados profissionais do Programa de Mestrado Profissional para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB) também podem ser interrompidos até agosto do ano que vem, afetando os mais de 245.000 beneficiados.

Na nota enviada ao MEC , o Conselho Superior afirma que praticamente todos os programas de fomento no exterior também seriam prejudicados. “Um corte orçamentário de tamanha magnitude certamente será uma grande perda para as relações diplomáticas brasileiras no campo da educação superior e poderá prejudicar a imagem do Brasil no exterior”.

Segundo a fundação, o corte de 2018 para 2019, fixa um patamar muito inferior ao estabelecido pela LDO. No ano passado, o CNPq ((Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) também sofreu com cortes no orçamento . 

Repercussão do corte orçamentário da Capes

Nas redes sociais, a informação dos possíveis cortes gerou revolta dos internautas. No Twitter, o assunto chegou a ser o mais comentado na tarde desta quinta-feira (2).

“Aí você está a mais de 72h fazendo medidas para sua tese, colaborando com o avanço da ciência no Brasil, tendo como fonte de renda uma bolsa , e recebe essa triste notificação de cenário que se instala no Brasil…sem bolsa, sem pesquisa, sem desenvolvimento, sem evolução”, comentou uma usuária no Facebook que é doutoranda na USP.

“Há quem chame bolsista de pós graduação de vagabundo, acomodado e afins, mas uma das únicas formas de se fazer ciência nesse país é sendo bolsista…sem 13 salário, sem férias, sem vale transportes e alimentação, sem convênio médico… e ainda há sorrisos e determinação de quem quer fazer ciência nesse país… muito triste essa situação”, lamentou a internauta sobre os possíveis cortes na Capes.

Fonte:ig