Com aumento dos tributos vinculados a Secretaria de Serviços Públicos de Alagoinhas(SESEP), a cobrança por melhorias na prestação do serviços ligadas a pasta vieram a reboque. Após um ano de deficiências em serviços comuns como coleta regular do lixo, poda de árvores, troca de lâmpadas e conservação de espaços públicos, como praças, a SESEP se tornou uma das secretarias mais criticadas pela população.
Alegando falta de orçamento para atender a demanda, o secretário Roberto Torres raríssimas vezes concedeu entrevistas ou apareceu nos jornais da cidade. Sem ter o que apresentar, receber apenas críticas em que teria grandes dificuldades em contornar não seria algo proveitoso para sua situação politica, já extremamente desgastada.
Com o aumento da COSIP em cifras que ultrapassaram os 500%, advindo de um código tributário aprovada pela Câmara quando ele próprio presidia, e com o inicio da cobrança da taxa do lixo que deve injetar alguns milhões em sua secretaria, o discurso de falta de orçamento não terá o mesmo efeito em 2022. A população, que já não aceitou muito bem essa desculpa no ano de 2021, em 2022 vai querer ações concretas.
E não é só da população que vem a pressão. Internamente, dentro do Governo, há uma grande pressão por melhores resultados da SESEP, afinal as eleições acontecerão dentro de 10 meses e a continuidade do estado de ineficiência dos serviços prestados, ou a sua superação, serão preponderantes para a derrocada ou o sucesso do projeto de eleger a candidata da Gestão para ALBA, a primeira-dama do município, Ludmilla Fiscina.
Apesar de em recente entrevista concedida ao programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100,5 FM, o prefeito Joaquim Neto(PSD) ter declarado que Roberto Torres detém sua confiança e continuará no cargo, nos bastidores o que se comenta é que se não houver melhora, o secretário cai e retorna apenas ao status de vice-prefeito.
Com uma gama variada de problemas na cidade, não implementar um verdadeiro choque gestão na secretaria não só poderá significar a decadência politica de Torres, como o não alcance das pretensões politicas do prefeito Joaquim Neto, que perpassam, além da eleição da sua esposa, colocar o seu sucessor na cadeira de prefeito em 2024.
Por Caio Pimenta para o News Infoco