[sg_popup id=”11418″ event=”inherit”][/sg_popup]Amigo leitor, vocês com certeza já conhecem uma velha frase que diz “quantidade não quer dizer qualidade”. Pois bem, é exatamente o que ocorre com a presença da base do governo Joaquim Neto na Câmara de Vereadores de Alagoinhas.

Se por um lado o governo municipal possui maioria na Casa Legislativa, 10 vereadores, contra 7 da oposição, essa maioria não consegue prevalecer nas sessões parlamentares. Chega a ser vergonhosa a atitude de parcimônia dos vereadores da situação diante das criticas desferidas pelos oposicionistas à administração municipal. Consideraria tal atitude até de covardia ou frouxidão, para não citar de tremenda incompetência enquanto base de apoio a um governo.

A qualidade da oposição na Câmara é realmente superior. Do lado da oposição temos os já experientes e sempre politizados vereadores do PT, Luciano Sergio e Thor de Ninha. Os advogados, e portanto conhecedores dos meandros do meio jurídico, João Henrique Paolilo e Anderson Baqueiro, este último ainda com a experiência adquirida no comando da SMTT por vários anos. Completam o time da oposição Luciano Almeida, representante do sempre presente, unido e influente grupo do deputado Paulo Azi, o vereador Caio Ramos, que embora jovem não economiza nas fortes críticas ao prefeito e sua administração e o vereador Darlan Lucena, que embora não seja seu hábito utilizar dos discursos contra a administração municipal, ocupa grande parte do seu tempo tentando encontrar deslizes da prefeitura pela cidade. O time está unido e portanto forte.

Já do lado do prefeito Joaquim Neto a situação é deprimente e vexatória. Quero aqui abrir um parêntese a 3 vereadores da base: Roberto Torres, o recém chegado Pastor Lins e o líder da bancada Cleto da Banana. O primeiro, porque como presidente deve manter a imparcialidade e não deve partir acintosamente em defesa do governo. O segundo, porque recém chegado ainda se acostuma com o novo grupo ao qual pertence, embora desde já nota-se a predisposição em defender o governo. O terceiro, Cleto da Banana, porque como líder, quase sempre é o único a levantar a voz em defesa do governo. Tirando estes três restam 7 vereadores que praticamente entram mudo e saem calados, e quando utilizam da tribunas estão mais preocupados com o inicio de obras e ações provenientes de suas emendas e indicações do que na defesa da administração municipal.

No plenário o placar é de Brasil x Alemanha, 7×1. Não há governo que se sustente tendo uma base tão calada e pouco preocupada em defender o executivo. A persistir esse placar, que na Copa do Mundo humilhou toda a nação, a tendência é que o já desgastado governo Joaquim Neto piore sua imagem diante da opinião pública, se é que isso é possível.

*Caio Pimenta é produtor do Programa Primeira Mão, da rádio 95,7 FM de Alagoinhas, além de ser editor-chefe do site News Infoco