O atual comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, negou, nesta sexta-feira (23), qualquer planejamento ou mobilização de tropas para apoiar uma tentativa de golpe de Estado no fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em depoimento à Justiça como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, um dos réus na ação penal que apura a articulação golpista, Olsen afirmou que “em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para impedir os poderes constitucionais”.

A investigação conduzida pela Polícia Federal aponta que Garnier teria colocado a Marinha à disposição de Bolsonaro caso o então presidente decretasse um estado de sítio ou acionasse uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023.

Ainda durante o depoimento, Olsen disse que não recebeu nenhuma ordem de Garnier para empregar forças da Marinha com o objetivo de impedir a transição de governo. Ele também confirmou que seu antecessor não compareceu à cerimônia de passagem de comando, já no atual governo.

A ação penal faz parte do inquérito que investiga o chamado núcleo militar da tentativa de golpe, e Garnier é apontado como uma das peças-chave na suposta trama.

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