Revolta. Este é o sentimento predominante entre os comerciantes de Alagoinhas. Diante do decreto estadual que estabeleceu o fechamento das lojas do município, em sua maioria de pequenos comerciantes que tem como renda justamente sua atividade comercial, um número cada vez crescente de empresários ameaçam abrir seus estabelecimentos amanhã(13).
Uma lista obtida pelo News Infoco até as 18:20 deste domingo aponta a adesão de mais de 160 donos de estabelecimentos ao ato. No dia de ontem(11), o presidente da CDL, Bruno Fagundes, disse que não orientaria os lojistas a abrirem seus estabelecimentos nesta segunda-feira(13) por motivos de segurança e esperarão o resultado na Justiça. “Existe um risco a segurança deles(comerciantes) já que fui informado que a policia militar fará a fiscalização juntamente com a prefeitura”, disse ele na oportunidade.
Revoltados, estes comerciantes dizem que não aceitará a recomendação da CDL. O temor destes comerciantes é não suportarem as perdas e terem que fechar seus estabelecimentos. Eles alegam que os principais pontos pontos de aglomerações, os bancos, supermercados, Central de Abastecimento e lotéricas permanecerão abertos, enquanto eles, pequenos comerciantes, arcarão com as perdas provenientes da medida. As indústrias também ficaram de fora do decreto estadual e poderão abrir.
Os comerciantes, em sua totalidade, se sentem traídos pelo Governo Joaquim Neto que prometeu que não haveria o fechamento do comércio no municipio. A classe foi tomada de surpresa pela decisão do prefeito de acatar o decreto estadual, revogando, inclusive, decisão anterior publicada pelo próprio prefeito sobre o funcionamento do comércio.
O presidente da CDL de Alagoinhas, Bruno Fagundes, em contato com o site News Infoco, afirmou que as três entidades( CDL, Sicomércio e ACIA) que compõe as Forças Empresariais vão recorrer à Justiça contra a medida do decreto estadual. “Estamos impetrando um mandado de segurança. Existe flagrante inconstitucionalidade”, disse Fagundes sobre o decreto estadual.
Porém, não há uma data definida para que a Justiça se posicione sobre a legalidade do decreto. Sem querer assumir os riscos de ter que fechar suas portas, uma parcela dos comerciantes, desesperados, decidiram pela desobediência às normas definidas pelo governador.
*Matéria atualizada as 18:20 para incluir o numero de mais de 160 adesões. Antes foi colocado 114. O texto já foi corrigido.
Por Caio Pimenta para o News Infoco