O deputado federal Capitão Alden (PL) afirmou que o objetivo da minirreforma eleitoral discutida na Câmara é legalizar a corrupção e a compra de votos no Brasil. Após votar contra o texto-base da proposta, aprovado na noite de quarta-feira (13), Alden criticou sobretudo pontos que abrem brechas para afrouxar a aplicação das leis de Improbidade Administrativa e da Ficha Limpa.
“Aquele candidato que antigamente corria o risco, se comprovado, em comprando votos, ou oferecendo vantagens, automaticamente recebia multa e tinha suspensa a sua candidatura ou o seu registro, o seu diploma. Hoje, quem comprar votos terá como recompensa uma multa que pode variar de R$ 10 mil a R$ 150 mil”, ironiza o deputado.
Em uma live transmitida em suas redes sociais, Alden pediu aos seguidores que pegassem o nome de todos os deputados federais e senadores que votarem a favor da proposta. Também atacou o PT e xingou parlamentares favoráveis à minirreforma.
“Um bando de vagabundos se utiliza da estrutura estatal dos recursos que ganham, ao longo do mandato, para comprar votos ou para obter vantagens e financiamentos de empresas, de recursos ilícitos, não identificáveis, para serem utilizados na campanha”, disse.
O texto da minirreforma eleitoral é composto por dois projetos de lei, os quais também flexibilizam as leis de cota para negros e mulheres, enxugam o tempo de inelegibilidade de candidatos e reduzem a transparência do processo eleitoral.
Os destaques que podem mudar trechos do texto-base serão votados nesta quinta-feira (14). O interesse de partidos e políticos é aprovar a minirreforma a jato para que possa valer já nas eleições municipais de 2024.
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