A atual gestão municipal, iniciada em 2017, encontrou o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) Alagoinhas com uma dívida estimada em mais de R$ 14 milhões. Somente com o INSS e com a Coelba, o total do débito chega a R$ 5,5 milhões e R$ 8,5 milhões, respectivamente. Três anos depois, honrando as negociações feitas com o Instituto Nacional de Seguro Social/Pasep, com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, com fornecedores e sentenças judiciais, a autarquia já pagou um total de R$ 2.911.479,78. A expectativa é que, ao final de 2019, o pagamento ultrapasse os R$ 4 milhões.

De acordo com a diretora geral, Maria das Graças Reis, se estas parcelas não estivessem sendo quitadas rigorosamente, o serviço prestado à população seria comprometido em nível grave. “O SAAE é uma instituição pública, logo pertence ao povo, e é indispensável que tenha credibilidade com todos os setores da sociedade, como comércio e fornecedores”, afirma, revelando que antes do acordo chegou ao ponto de uma solicitação de ligação de energia junto a Coelba ser negada, devido à inadimplência.

Ainda segundo a diretora, a confiança e autonomia concedida pelo prefeito Joaquim Neto tem sido indispensável nesse processo de recuperação financeira e organizacional, no qual tem sido provado, com base em números, que o SAAE é extremamente viável. “Esse ano iremos dobrar a capacidade de investimento e, num futuro próximo, quando conseguirmos sanar todas dívidas, esse dinheiro será dedicado a grandes investimentos”, assegura.

O diretor administrativo e financeiro, Francisco Brito, frisa que “somente com os quase R$ 3 milhões pagos até o momento a autarquia poderia comprar a própria frota de veículos pesado, a exemplo de hidrojato, caminhão-pipa e retroescavadeira, remanejando o que se gasta com o aluguel destes transportes e investir nas adequações das instalações de infraestrutura”.

A diretora técnica, Valéria Figueiredo, ressalta que seria possível ampliar a oferta de água, perfurando poços em localidades como Sucupira, Ladeira Grande e Mangueira, diminuir ocorrências de falta de água a partir da implantação de reservatórios em alguns pontos da cidade, promover mais qualidade de vida para a população com a realização de mais obras de esgotamento sanitário e investir em tecnologia para controle operacional. “Sem falar na realização de extensões de rede de água e de esgoto e na compra de conjuntos motobombas para estoque, por exemplo, para que em um caso de emergência as equipes pudessem fazer prontamente a substituição do equipamento danificado e restabelecer o abastecimento de maneira mais rápida”, explica.

“Poderíamos sanar completamente o déficit de hidrômetros, alavancando a arrecadação, além de modernizar o sistema de leitura, adquirir bancada de aferição de hidrômetros e ferramentas de combate a irregularidade”, diz o diretor comercial, Eloísio de Oliveira.

Com honestidade, transparência e zelo pelo recurso público, a gestão tem se empenhado cotidianamente não só para não contrair nenhuma dívida, como também para pagar os salários dos funcionários em dia e ainda fazer investimentos que, embora aquém do ideal, têm sido imprescindíveis para soerguer o SAAE.

 

Ascom SAAE