Após sofrer processo interno no PDT, por suposta infidelidade partidária por ter votado em favor da reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro, o deputado federal Alex Santana (PDT), que teve sua imagem vinculada ao prefeito ACM Neto (DEM), apesar de defender que os interesses da Bahia estejam acima de demandas “apenas” partidárias”, negou pertencer ao grupo de Neto e assegurou ainda ‘total alinhamento com o governo do estado’.

“Assumo os compromissos com minha sigla, mas considero importante um político transitar por todas as instâncias de governo, sendo da base ou oposição, por um bem maior que são os interesses da população. Estou deputado federal pela Bahia e me coloco também à disposição para contribuir com os debates. Tenho total alinhamento com o Governo do Estado e um ótimo relacionamento com o vice-prefeito Bruno Reis, dentre outros integrantes da oposição. Isso é fazer política sem picuinha”, declarou.

A declaração foi dada após a notícia, conforme publicado pela reportagem, de que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, viria à Salvador nesta quinta-feira (24), para encontros com o governador Rui Costa (PT) e com o prefeito da capital baiana e presidente nacional do DEM, para alinhavar a filiação do democrata Leo Prates ao ninho pedetista. Os comentários no meio político é que os integrantes da sigla não concordam com a possível ruptura com o Executivo estadual por conta da eventual filiação de Prates.

Contudo, em conversa recente com este Política Livre, o presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, revelou um cenário já previsto, mas até então oculto na aliança entre a sigla e o governo estadual que, inevitavelmente, coloca em xeque a manutenção do ‘casamento’ de ambos para as eleições de 2020, dando mais ênfase à possibilidade de reconciliação com o time do prefeito, em especial com o namoro explícito dos Trabalhistas com o secretário municipal de Saúde, aliado da cozinha do presidente nacional do DEM.

Após discordar dos critérios estabelecidos para a divisão dos cargos regionais, o PDT, abriu mão dos espaços regionais ofertados à legenda e alertou que não aceitará insubordinações dos correligionários neste sentido.

“Tenho excelente relacionamento com o Lupi, com o André Figueiredo, presidente da sigla na Câmara dos Deputados, com o amigo e deputado federal Félix Mendonça Júnior, que preside a sigla na Bahia, além dos colegas deputados baianos pedetistas. Agi de acordo com minhas convicções, e nunca me passou pela cabeça desrespeitar o PDT ou deixar o partido. Félix tem ajudado muito nessa questão, espero que seja um assunto superado”, finalizou Santana, ao se referir a votação da reforma.