O deputado Estadual Soldado Prisco sofreu ataque cardíaco após ser vítima de uma tentativa de homicídio, ontem, terça-feira, 15, quando deixava a sede da Associação do Policiais Militares e Bombeiros da Bahia – ASPRA, entidade que estaria supostamente envolvida com a tentativa de greve da categoria no Estado. O deputado está fora de perigo, mas continua sob observação no Hospital Santa Isabel. Seu carro foi alvejado por arma calibre doze, que levou ao ferimento um dos policiais que o acompanhavam no momento.

Ao mesmo tempo, as sedes da ASPRA na capital e no interior do estado foram interditadas e mantidas como alvo de busca e apreensão por decisão da Justiça, a pedido do Ministério Público Estadual. O advogado da entidade, Hilton Ribeiro, em entrevista ao programa Primeira Mão, jornalistico transmitido em cadeia pela rádio Ouro Negro 100,5 FM e rádio web 2 de julho, na manhã de hoje(16), admitiu que o movimento não atingiu o interior do estado, ficando limitado à Salvador e Feira de Santana.  Em Alagoinhas, por exemplo, em nenhum momento, ocorreu qualquer tipo de paralisação.

Hilton entendeu que o movimento não seguiu o mesmo desenvolvimento, ocorrido em 2001 e 2012, quando houve a adesão do interior, logo que se notou a participação em massa no movimento, na capital e em Feira de Santana. O advogado atribui essa nova realidade à intensa guerra de informação realizada pelo Governo com a cooperação dos órgãos de imprensa, que só ouviam os oficiais, ligados ao comando da instituição. “Para Prisco falar precisava fazer contato em nome de outra pessoa para que se passasse a ligação para os repórteres que estavam cobrindo o fato”, reclamou.

Uma reversão judicial da interdição das suas sedes será tentada pela ASPRA. Hilton considerou que a direção da entidade está tranqüila, pois entende que a luta é justa, não havendo o cometimento de nada que possa ser questionado sob o ponto de vista ético ou criminal. A greve é constitucionalmente ilegal, mas nunca existe claramente um agente deflagrador. A ASPRA, segundo Hilton, está tentando de diversas formas de abrir o caminho do diálogo que está, inclusive, previsto pela decisão do STF sobre o tema, um parecer legal descumprido pelo o governo do Estado. “Estamos lutando por condições de trabalho, não é possível que o policial trabalhe vinte anos sem promoção, que os oficiais tenham bônus de 120% e os policiais apenas de 40%, temos uma lista de reivindicações”, sentenciou.

Veja a entrevista completa concedida pelo advogado da ASPRA,. Hilton Ribeiro, ao programa Primeira Mão:

Por Paulo Dias para o News Infoco