O ambulante que foi autuado na última sexta–feira(27) por agentes de fiscalização da secretaria municipal de serviços públicos(SESEP) de Alagoinhas deu entrevista na manhã de hoje(01) ao programa Primeira Mão, da rádio 95,7 FM.
O ambulante desmentiu a versão dada ontem(31) pelos agentes de fiscalização ao site News Infoco. (veja aqui)
De acordo com Mauricio(esse é o nome do ambulante), no dia anterior a confusão, quinta-feira(26), ele já havia sido abordado de forma grosseira por agentes de fiscalização numa via atrás de um supermecado localizado no centro de Alagoinhas. Segundo Mauricio, nessa ocasião, ele foi xingado, agredido e por isso, aconselhado por seu patrão, procurou a SESEP para formular uma queixa contra a ação desses agentes.
No dia seguinte, sexta-feira(27), uma nova abordagem, desta vez de forma mais agressiva. 3 homens o tentaram tirar a força do local onde estava, uma calçada nas proximidades do Terminal de Coletivos. Na ação, Mauricio afirmou ter sido novamente agredido e levado como criminoso para à delegacia.
Desesperado, ele não negou que chegou a morder o braço de um dos agentes no intuito de se livrar de uma gravata que o mesmo havia aplicado nele e que o estava sufocando. Nem a presença de populares o livrou das agressões.
Na delegacia, Mauricio alega não ter tido a oportunidade de se explicar as autoridades policiais, que foram logo o acusando de desacato, ameaça e agressão contra os agentes de fiscalização. Ele diz ter se sentido cerceado no seu direito de se defender perante à policia.
Ao sair da delegacia foi aconselhado a constituir um advogado, no caso a Dra. Maressa, para que pudesse auxilia-lo. A doutora afirmou que seu cliente nem sequer pôde registrar um boletim de ocorrência, porque a identificação dos agentes de fiscalização lhe foi negada pela secretaria de serviços públicos. Nem ao menos um nome ou apelido que fosse capaz de identificar os supostos agressores lhe foi disponibilizada.
Mauricio disse que teme represálias por parte dos agentes ou de pessoas ligadas a eles, já que o fato foi amplamente divulgado na imprensa e nas redes sociais, o que levou a opinião pública a criticar ferozmente a ação dos agentes.