O presidente da Câmara de Vereadores de Alagoinhas, Roberto Torres, esteve no programa Primeira Mão para comentar as atividades do legislativo municipal em 2019, nesta quinta-feira(19). Ele acaba de sair de uma votação da Lei Orçamentária Anual(LOA) de Alagoinhas – LOA – destacando a destinação de R$ 300 mil, em emenda coletiva dos vereadores, para a implantação de mais câmeras de videomonitoramento no município, desta vez nas saídas da cidade. Lembrando que na LOA do ano passado, os vereadores também destinaram uma emenda coletiva, no valor de R$ 500 mil, para aquisição de câmeras de videomonitoramento a serem instaladas no centro da cidade.
Roberto mencionou que esse foi um ano de trabalhos intensos com a realização de 78 sessões ordinárias, 18 extraordinárias e várias audiências públicas. Colocou a questão das emendas impositivas não cumpridas pelo prefeito Joaquim Neto, que pode sofrer desdobramento judicial, assim como ocorreu com o governo do estado, que foi processado pelo deputado Prisco por não executar suas emendas.
Roberto Torres deu mais detalhes sobre a contratação de carros de aluguel para o serviço do vereador e sobre a cota de gasolina. O que se questiona em relação a isso é se o vereador, com esses incentivos, voltaria a fazer o velho clientelismo do passado, especialmente na área de saúde. Foram R$ 430 mil gastos em 10 meses, valor que, se devolvido ao executivo, poderia se adquirir várias ambulâncias, como mencionou o pré-candidato a prefeitura de Alagoinhas pelo PDT, Tonho Barreto, em entrevista concedida anteriormente no mesmo Primeira Mão.
Segundo Roberto, são consumidos 400 litros de gasolina/mês o que por baixo daria para rodar 4.000 km, uma viagem mensal para São Paulo. Torres disse que tudo está sendo feito com critério por meio de licitação e que as contas da Câmara de Vereadores, em sua gestão, encontram-se rigorosamente em dias.
Sobre as noticias de bastidores de que o governo municipal planeja enviar um novo pedido de empréstimo à Câmara, desta vez junto ao Desenbahia, num valor em torno de R$30 milhões, o presidente disse que não recebeu nenhuma proposta oficial e que por isso não pode se manifestar. No meio do ano, Roberto Torres foi responsável por arquivar um projeto de empréstimo do governo. Na época, em entrevista ao programa Primeira Mão, ele havia justificado a decisão dizendo que não havia consistência na proposta, ou seja, não havia proposta detalhadas com objetivos, justificativas, estudo de impacto, orçamento, nada que caracterizasse um projeto.
Quanto à próxima eleição, em que é um dos pré-candidatos a prefeitura de Alagoinhas, mesmo não estando entre os nomes tradicionais da disputa, ele se mostrou confiante citando vários candidatos que não eram tido como favoritos e ganharam as eleições, como João Dórea para prefeito de São Paulo e Romeu Zema e Witzel como governadores.
Ele mantém sua pré-candidatura, afinal tem histórico político para isso. Muitas vezes presidente da Câmara de Vereadores, com bom poder de articulação e o responsável maior pela construção prédio que a abriga. Além disso, pesquisas mostram que 50% do eleitorado resiste em apoiar as antigas figuras da política local, abrindo espaço para vitória de um novo nome.
Por Paulo Dias com a colaboração de Caio Pimenta para o News Infoco