As ruas do centro de Salvador foram ocupadas por manifestantes na manhã de hoje. Mais de 10 mil pessoas marcham em defesa das liberdades democráticas e pelo Fora Bolsonaro. A manifestação foi organizada pelas Igreja Católica, centrais sindicais, sindicatos e entidades estudantis e movimentos sociais e integra o Grito dos Excluídos.
“Hoje, acontecem manifestação em mais de 220 cidades brasileiras. Frente à escalada autoritária e golpista de Bolsonaro, nosso dever é ocupar as ruas e dizer bem alta que ditadura nunca mais. Esse filme tenebroso não vale a pena ver de novo”, diz Jailson Lage, representante da CSP-Conlutas, central sindical e popular que integra a organização da manifestação.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes defendem as liberdades democráticas, lutam por mais vacina e emprego.
“Vacina, sim. Ditadura, não. Queremos Bolsonaro na prisão”, cantavam os manifestantes na Avenida Sete.
“Queremos vacina no braço e comida no prato. Chega de mortes e de genocídio. Estamos na rua em defesa do nosso futuro, que esta ameaçado por Bolsonaro e seu governo”, disse o jovem Matheus Araújo, do movimento Aquilombar.
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (SINDJUFE-BA) confeccionou adesivos, cartazes e faixas em defesa das liberdades democráticas.
“Bolsonaro desejar dar um golpe. Esse é seu projeto de governo. Temos que derrotá-lo na rua. Derrubar esse governo é uma tarefa do presente, não podemos esperar até 2022. Por isso, no dia de hoje estamos ocupando, de Norte a Sul, as ruas do Brasil”, pontua Fernanda Rosa, diretora do SINDJUFE-BA.
Os partidos políticos também estiveram presente na manifestação: PT, PSTU, PSOL e PCdoB.
“Bolsonaro convocou seus apoiadores a irem às ruas, também, no dia de hoje. O Presidente genocida tenta construir uma narrativa para justificar seu projeto de golpe ditatorial. Ele quer instaurar uma ditadura no país. Não podemos aceitar que essa direita bolsonarista vá às ruas fazer apologia a um regime de tortura, repressão, que pede o fim das liberdades democráticas e direitos democráticos duramente conquistados. Nosso dever número um é tomar as ruas, levantar e reagir. Ou nós lutamos para nos defender e enterrar o autoritarismo bolsonarista, ou ficaremos vendo o bonde da história passar na nossa frente. Precisamos derrubar já Bolsonaro, Mourão e todos aqueles que ameaçam nossas liberdades democráticas”, diz Otávio Aranha, representante do PSTU.
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