Integrantes do MDB no Senado e na Câmara têm demostrado incômodo com as recentes declarações de Lula em que o petista classifica como “golpe” o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

Na noite de segunda-feira, durante a viagem de Lula à Argentina, o petista voltou a criticar o processo de impeachment da sua aliada.

“Vocês sabem que depois de um momento auspicioso no Brasil, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado. Se derrubou a companheira Dilma Rousseff com um impeachment. A 1ª mulher eleita presidenta da República do Brasil.”

A nova frase não foi bem digerida entre os deputados e senadores do partido.

O impeachment foi comandado por Eduardo Cunha, na época no MDB, e teve como principal beneficiado o ex-presidente Michel Temer, que assumiu no lugar de Dilma. O Antagonista apurou que Temer voltou a ligar para deputados emedebistas nos últimos dois dias, pedindo que eles defendam a legalidade do processo de deposição da petista.

No Senado, parlamentares que defenderam o impeachment já deram recados a Lula de que a insistência nessas declarações pode estremecer a base governista em ambas as casas. No atual momento, entretanto, nem mesmo os emedebistas mais incomodados defendem abandonar a base do governo Lula.

Oantagonista