O Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa vinculada à mulher e aos filhos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, passou a ser monitorada pelo governo dos Estados Unidos. Segundo a colunista Malu Gaspar, de O Globo, a gestão Donald Trump avalia incluir os familiares do ministro no alcance das sanções da Lei Magnitsky, aplicadas a ele no fim de julho.
O instituto é proprietário de 11 imóveis declarados no valor de R$ 12,4 milhões. Entre os bens estão a residência de Moraes, em São Paulo, a sede do escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro, além de dois apartamentos em Campos do Jordão (SP).
A pressão pela ampliação das sanções parte do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do ex-comentarista Paulo Figueiredo, que têm articulado em Washington contra o STF e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, os dois se reuniram com diplomatas e secretários da Casa Branca e do Departamento de Estado.
Nos bastidores, aliados de Bolsonaro defendem que as penalidades só terão efeito se alcançarem também os familiares de Moraes e o Lex Instituto, tratado como peça-chave para o avanço da estratégia. Um levantamento obtido pela administração Trump aponta que a empresa funcionaria como uma holding destinada à blindagem de patrimônio.
Além do imóvel no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, e da sede do escritório Barci de Moraes, a listagem inclui outras propriedades espalhadas pelo estado, reforçando a suspeita de que o instituto sirva para concentrar ativos milionários.