Se antes a bola da vez era o vereador Juracy Nascimento(DEM), que chegou a ameaçar dar um parecer desfavorável na CCJ contra o projeto de solicitação de empréstimo de autoria do executivo municipal, agora os holofotes se viram para o vereador da base Ozeas Menezes.

Se antes Juracy se mostrava insatisfeito como projeto da prefeitura, com as adequações feitas pelo executivo e apresentadas oficialmente hoje na Câmara, ele se mostrou suscetível à aprova-la na CCJ. Com a aprovação na comissão, o projeto vai à votação no plenário, aonde o governo precisará de 9 votos para aprova-la.

Acontece que a Câmara hoje está divida na oposição, com 7 vereadores, e a base com 9 vereadores, além do presidente Roberto Torres, que só vota em caso de empate. Caso um vereador da base vote junto com a oposição contra o projeto, o placar ficaria 8×8, restando ao presidente Roberto Torres o voto decisivo. Para a oposição há quase certeza que Roberto rejeitaria o pedido do governo em caso de empate.

Porém para conseguir essa situação, a oposição precisa cooptar um vereador da base, e é aí que surge o nome de Ozeas Menezes. Apesar de ter marchado desde o inicio com o prefeito Joaquim Neto, inclusive sendo escolhido lider do governo, a relação entre o vereador e o prefeito não está um mar de rosas. O descontentamento do vereador vem da perda da presidência da CCJ para Juracy Nascimento com o apoio do executivo.  Ozeas se sentiu traído.

Para piorar, a oposição e parte da imprensa acusa o governo municipal de oferecer o controle da SMTT para o vereador Juracy Nascimento em troca do voto favorável dele na CCJ. Juracy nega, mas o coronel Nonato, então superintendente do órgão, foi exonerado no dia de ontem(10), deixando o cargo livre para uma nova nomeação. O motivo para a exoneração não foi explicado oficialmente pela prefeitura.

Agora, a bancada de oposição tem questionado o fato do executivo municipal estar beneficiando mais a Juracy do que os outros vereadores e Ozeas tem sido convidado à acompanhar o voto dos opositores. Será que haverá uma rebelião na base? O tempo dirá.

Por Caio Pimenta para o News Infoco