O Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (Idafro) protocolou uma ação no Ministério Público da Bahia nesta quinta-feira (30), pedindo que a prefeitura de Salvador e o governo do estado sejam impedidos de contratar shows de Claudia Leitte, devido à polêmica gerada pela música “Carangueijo”.
Em dezembro de 2024, Claudia Leitte foi acusada de intolerância religiosa após alterar a letra da canção durante um show em Salvador. Na versão original, a música fazia referência a Iemanjá, uma divindade das religiões afro-brasileiras, mas a cantora substituiu a menção por “meu rei Yeshu’a”, expressão hebraica para Jesus.
Os advogados do Idafro se basearam no Artigo 4º da Constituição, que trata da prevenção, eliminação e punição de atos de racismo, discriminação racial e intolerância religiosa. O artigo diz: “Os Estados comprometem-se a prevenir, eliminar, proibir e punir, de acordo com suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, todos os atos e manifestações de racismo, discriminação racial e formas correlatas de intolerância, inclusive: i. apoio público ou privado a atividades racialmente discriminatórias e racistas ou que promovam a intolerância, incluindo seu financiamento” (art. 4º, alínea “i”).
O documento foi obtido com exclusividade pelo portal LeoDias.