Veio a público, no último sábado (4), a decisão do promotor de justiça da Comarca de Catu, Tiago Ávila de Souza, optando pelo arquivamento do IDEA n. 069.9.122881/2018 proposto contra o ex-prefeito Geranilson Dantas Requião (PT). Na denuncia que deu origem ao inquérito, a vereadores de oposição questionavam a legalidade de duas obras realizadas durante a gestão do petista.

As obras de requalificação das Praças da Aruanhã e Duque de Caxias, segundo os denunciantes, supostamente foram realizadas sem o processo licitatório necessário. Na decisão de arquivamento, as alegações foram desmontadas por fatos verificados pela promotoria junto aos órgãos competentes.

Segundo a peça, a obra da Praça Aruanhã supostamente teria sido realizada “com recursos próprios e mão de obra própria através de funcionários do Município de Catu, não havendo processo licitatório para contratação de empresa de construção civil, ademais também não houve processo licitatório específico para compra de materiais, visto que todo material utilizado foi do estoque remanescente das secretarias envolvidas na execução da obra”.

Sobre a restauração da Praça Duque de Caxias, localizada no Centro Histórico do município, que abriga também a igreja de Nossa Senhora de Santana, o prédio onde funcionava o Grupo Escolar Professor Inocêncio Góes e a Prefeitura Municipal, a promotoria levantou que, “o Município de Catu apenas participou de uma pequena parte da execução da obra, por intermédio da empresa LACONCIL CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA (CNPJ n. 01.605.655/0001-56), contratada por R$ 28.465,31. 3”. Salientou ainda, que “as demais etapas de execução da obra estariam sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Turismo da Bahia (SETUR), com recursos federais oriundos do Ministério do Turismo.”

as demais etapas de execução da obra da Praça Duque de Caxias estariam sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Turismo da Bahia (SETUR), com recursos federais oriundos do Ministério do Turismo.

A denúncia ainda aludia sobre o possível superfaturamento de materiais utilizado para a realização das obras. A promotoria realizou consulta ao Centro de Apoio Técnico (CEAT) que esclareceu a licitude dos valores atribuídos dentro das planilhas das respectivas obras:  “foram verificados todos os itens da planilha orçamentaria, em que seus custos foram cotejados com a tabela de referência, não sendo observado indício de sobrepreço nos custos previstos na tabela de referência para a Licitação, consequentemente, não houve prática de superfaturamento do contrato por conta de existência de sobrepreço na planilha orçamentária”.

“Política suja e desleal”

Em suas redes sociais, o ex-prefeito Gera Requião, comemorou mais um arquivamento e, sobre seus adversários políticos, declarou que, “fica evidente e provado que mais uma vez fui vítima da política suja e desleal por parte dos meus opositores à época, os mesmos do presente que dormem e acordam raciocinando maldade contra o nosso grupo político e se sustentam sempre com denúncias infundadas.”.

Requião, que já externou a disposição de concorrer na disputa pela cadeira do executivo catuense, tem sido alvo de diversas denúncias propostas por adversários políticos. Tendo deixado o poder em 2020, como todas as contas aprovadas pelo e com aceitação positiva junto à população, o petista ainda salientou estar “confiante no bem e na justiça”, permanecendo “à disposição de todos”.

Até o fechamento da matéria, não houve manifestação dos autores da denúncia ou do prefeito Pequeno Sales nas mídias sociais ou veículos de imprensa locais.

 

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